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13 abr 2009 - 8h21

O ‘importante é vencer’ tem seu preço

Concordo que o importante é vencer, não importa como! É desse jeito que o nosso clube vai levando o seu futebol nos últimos anos. Em 2007 e 2008 ficamos na primeira divisão vencendo jogos não importando como, em 2005 chegamos a final da Taça Libertadores não importando como. Sim, esse modo de ver o futebol nos traz algumas vitórias, mas não nos trouxe título algum até o momento.

Admito que não fui à nossa querida Arena nesse domingo de Páscoa, mas acompanhei a partida inteira pela TV. Uma tese minha se confirmou na tarde de hoje: eu nunca dormi nos jogos do Atlético na Baixada pois eu estava na Baixada. Hoje, sentado no sofá, confesso que cochilei. Sim, dormi vendo esse time. Ele é de dar sono, mas isso não é de hoje e não vai acabar amanhã. Mas enfim, voltando ao tema principal de minha tese, qual é o preço dessa filosofia de vencer a qualquer custo? Eu posso responder: o preço é não ganhar títulos.

Vejamos só: o time campeão de 2001 jogava bem e foi campeão, o time do ano 2000 com Lucas, Adriano e ídolo Kleber (que saudades) também foi campeão e jogava bem. O time de 2004, foi um caso a parte nessa história, não foi campeão, mas na minha opinião foi o melhor time da geração Arena. Ele jogava muito bem e nos rendeu muitos ganhos acessórios.

Essa idéia de futebol é altamente perigosa, pois os atletas devem jogar no limite sempre e um erro defensivo pode jogar tudo a perder. Foi assim na tarde de hoje, onde novamente Gallato nos salvou.

Às vezes me pergunto, será que nós merecemos ter só Rafael Moura como atacante? Será que ninguém é melhor que ele? Longe de mim querer desmerecer o rapaz que, ao meu ver, é um dos melhores jogadores desse elenco fraquíssimo, mas o peguei como exemplo para oxigenar bem a idéia que quero tecer no momento.

Ele é um bom fazedor de gols, é o nosso artilheiro e nossa referência. Mas será que é só isso que o Atlético merece? Será que não tem ninguém melhor que Zé Antônio para fazer a lateral? Ele é um cara esforçado, até acho que foi o melhor que se apresentou na posição, mas será que nós não merecemos coisa melhor?

Muitos já devem estar pensando que estou aqui falando asneiras e querendo apenas julgar o time pela última partida realizada, mas não. Não falo isso pelo jogo de ontem, mas sim pelos últimos 8 ou 9 que esse grupo vem jogando junto, salvo algumas peças incorporadas recentemente.

Dá raiva de ver que só dependemos dos cruzamentos do esforçado, mas limitadíssimo e irregular Netinho e de jogadas esporádicas do fraco ataque atleticano, que não consegue criar nada pela falta de qualidade dos jogadores e da visão do arrogante técnico.

Precisamos de reforços na lateral da direita, pois se a esperança da diretoria das chuteiras é o Nei, é melhor rezarmos para o Alberto melhorar. Precisamos de reforços no meio que cheguem e vistam a camisa de titulares, alguém que saiba como tratar uma bola de futebol e que tenha velocidade. E precisamos de pelo menos dois atacantes, pois Júlio César e o garoto Wesley não estão preparados e não têm capacidade para enfrentar com a devida confiabilidade as defesas dos clubes da primeira divisão do futebol brasileiro.

Aqui alguns nomes para a diretoria das chuteiras: Rosine,i que está na reserva do Internacional, Lúcio Flávio, que é reserva no Santos, entre tantos outros. Mas isso não é de minha competência, pois existe gente muito bem remunerada para pensar nisso o tempo todo.

Sobre o jogo deste último domingo, foi apenas mais uma confirmação que este time é limitadíssimo, que bem marcado e sem alas de ofício que saibam como jogar um futebol alegre e competitivo não consegue nem sequer agredir um time cujo a folha salarial não deve chegar nem perto do salário de nosso técnico.

Falando no seu Geninho, me surpreende vê-lo reclamando da torcida atleticana, que nos últimos anos vem jogando mais que o time, especialmente na gestão deste técnico. Ele devia todos os dias agradecer e enaltecer a maior torcida desta terra, pois mais uma vez o Atlético e sua apaixonada torcida o vez renascer para o futebol, como é de praxe na maioria dos profissionais que passam pelo clube e o deixam por uma oferta mais vantajosa.

A torcida tem mais é que vaiar após a partida sim, pois paga e paga caro para ver esse timinho em campo. R$ 50,00 é muito dinheiro para ver esses jogadores fazerem o que fazem dentro das quatro linhas. Na verdade, eles e seu técnico que deviam nos pagar essa quantia todo o mês para os aguentar vestindo nosso manto sagrado.



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