Faltou isso, mas aquilo também…
Futebol não é ciência exata e, embora haja a lógica qualitativa que possa apontar superioridade de um sobre o outro, é dos esportes o que mais sofre apelos emocionais, daí tornando-se imprevisível por depender de uma série de outros fatores.
Há fatores que influenciam positivamente uns, amargura outros e dão norte a algumas situações.
Foi embaraçoso ver o Atlético neste Atletiba, que foi cercado por fatores extra-campo. Quem contratou o técnico psicólogo e palestrante foi o rival, mas quem parece precisar de um é nosso time.
Embaraçoso quando deveria se escrever inconcebível aceitar a forma como fomos derrotados.
Mas, sobre o jogo tudo já foi falado, mas o que não podemos deixar de pensar é no futuro próximo, e aí algumas coisas que vimos e ouvimos não podem passar em branco.
Primeiro ato:
Geninho afirmou que o elenco é instável. Grande novidade, pois sabemos disto desde 2006. O que é sintomático e preocupante é o nosso técnico, que conhece 10.000 vezes mais abalizadamente este fato do que nós torcedores por viver com os jogadores, insistir com os conhecidamente instáveis justamente no jogo onde precisaríamos de equilíbrio, pois poderíamos ter a glória de vencer o rival e levantar o caneco.
Isso foi um erro clamoroso. Foi o ato de coroação do corporativismo de Geninho com aqueles que salvaram o CAP do rebaixamento em 2008. Isso já passou do limite do razoável faz tempo.
Segundo ato:
Também está incoerente o esquema 3-5-2 com três zagueiros que devem ficar plantados porque não sabem sair, dois alas (alas???) que não tem qualquer qualidade de ponta (salvo o jovem Raul ) e volantes que não sabem acertar um passe e não tem pegada. Qualquer nó cego sabe que um esquema 3-5-2 precisa de alas de verdade, de volantes que pelo menos consigam acertar um passe ao meia de ligação ou para os alas para que o time possa chegar ao ataque passando a bola, e não se recuperando das sobras da zaga adversária depois de rifadas de nossos zagueiros.
O CAP, sem alas funcionais, com volantes que não marcam e não apóiam e com um meio de ligação como Marcinho, que hoje é sombra daquele do São Caetano, não chegará a lugar nenhum.
Terceiro ato:
O que foram as gafes deste final de semana? O site oficial coloca o que colocou, Geninho culpa o alto-falante pela inflamação da torcida e por estímulo desta, também do time, que segundo ele originou uma afobação tamanha que resultou na derrota.
Ora, mas grave que contar com o ovo no zéco da galinha, como fez o clube em seu site, é não ter brios, vontade e luta para se motivar como nunca e fazer apenas mais um golzinho, que daria o título? O que Geninho queria? Quase impossível era o empate, mas pela sua colocação estava aí estabelecido o limite, onde podemos concluir que as sintomáticas recuadas e acovardadas do time atleticano vistos neste ano todo são obra de seus esquemas. Seriam ótimas, caso tivéssemos alas de verdade para contra ataques, e se tivéssemos o veloz Wallyson o tempo todo em campo em todos os jogos.
Mas, somos instáveis emocionalmente… Talvez testosterona demais, ou de menos? Sei lá!
Quarto ato:
‘Menos tijolos e mais futebol’. Esperamos que se cumpra esta promessa para o campeonato brasileiro. A frase correta para esta campanha, hoje, seria: menos tijolos, mais futebol, um pouquinho de vergonha na cara e jogadores que tenham além de ovos, um pouco de qualidade, pelo amor de Deus!!
Ahh, para finalizar: Muitos textos surgiram em semanas anteriores pedindo para que não jogássemos contra o próprio patrimônio vaiando nossos próprios jogadores. Acho correto, excluindo-se é claro Netinho, Jairo, Julio dos Santos e Júlio César. Alguns destes são ex-jogadores e outros ainda não provaram sê-los.
Chega desta tal ‘base de 2008’
Por favor, diretoria, faça dívidas, que se dane, mas monte um time de futebol!!
Se Nacional e Jotinha montam times razoáveis, o Coxa quebrado monta, por que nós, o grande CAP, não conseguimos?
Eta pergunta difícil, sem resposta desde 2005…
E agora, jogadores, vão pedir apoio de novo? Precisa? Será que é isto que realmente está faltando?