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11 maio 2009 - 22h34

Fanático da Arena

O tempo passa e no interior do Paraná ainda prevalece a máxima de torcer por times de outros estados.

Comigo não foi diferente. Flamenguista desde criancinha, fui conhecer o Clube Atlético Paranaense num fatídico 2 x 0 em 1983, no qual, à época, eu torcia para o perdedor.

Saí desolado, mas vibrante com o que parecia pra mim a torcida do Flamengo.

Anos mais tarde, vim estudar em Curitiba e um amigo atleticano me chamou para acompanhar aquela final em que ficaram famosos os carrascos Dirceu e Berg.

Na hora, é claro que pensei em refugar, afinal, o futebol paranaense era fraco, sem atrativos e volta e meia flertava com a segundona. Mas como não tinha nada para fazer, decidi acompanhar meu amigo naquela primeira partida da final de 1990. O palco, o mesmo em que eu havia conhecido aquela vibrante torcida do ‘Flamengo’: Couto Pereira.

Lá entrando, percebi que na verdade a torcida que por anos me impressionou, era a massa rubro-negra do caldeirão da Baixada.

E aqui faço um parênteses: que vibração, que alegria, que entusiasmo movia aqueles torcedores, que praticamente calavam a torcida adversária, que por estar em casa era maioria.

Ali me tornei também atleticano e aos poucos, somente atleticano.
A nossa torcida nunca teve luxos ou facilidades. Sempre cantou, gritou, suou, ficou molhada na chuva, passou frio, desde antes do minuto inicial até muito tempo depois do apito final.

Passamos vexames homéricos, tivemos conquistas suadas, flertamos com a segundona, a superamos e retornamos a ela.

Frequentamos o PINHEIRÃO…

Ficamos mais de dois anos sem ganhar um clássico sequer…

E agora, o que temos?

Temos um dos mais belos e modernos estádios da América Latina, quiçá do hemisfério sul.

Fomos campeões, vice e terceiros colocados do Campeonato Brasileiro.

Atingimos o segundo ponto mais alto das Américas com o vice campeonato da Libertadores.

Temos patrocínio e uniformes de primeira linha.

Enfim, somos grandes, de verdade.

Não temos uma gigantesca torcida, até mesmo pelo número reduzido de habitantes face a outros grandes centros. Nem mesmo somos um time estadual, talvez em função da própria colonização de nosso estado.
Mas isso não me aflige!

O que me aflige é ver no que se transformou aquela vibrante torcida.

UM BANDO DE CORNETAS!!!

Isto mesmo, vou repetir, UM BANDO DE CORNETAS!!!

No minuto inicial já tem um grande contingente apostando na má sorte, no mau agouro, no azar, na queda, enfim, em tudo que de negativo possa acontecer com o nosso Furacão.

De vez em quando, até penso em devolver a cadeira.

Isto é torcer?

Ah, mas o time é muito ruim?

Nasceu em 2001? Muito antes das conquistas, foram anos de sofrimento, com casa precária, sem títulos e, especialmente, sem time.

Portanto, pra não me alongar, se você não nasceu em 2001, se você assim como eu, sofreu bastante antes de contar com a estrutura que temos hoje, se você nunca atingiu títulos como os que o time vem conquistando nos últimos anos, faça um favor ao Atlético dos paranaenses: não seja corneta ou vá torcer em casa.

Agora se você quiser ser corneta, vá torcer pro adversário, no estádio, de preferência.

A você que não agüenta mais os cornetas, vamos tomar alguma atitude, vamos extirpar este câncer e voltar a ser o que sempre fomos: VITORIOSOS SEM PRECISAR GANHAR.



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