O fundo do poço
A situação é crítica. Nunca se viu um Atlético tão decadente assim, nem mesmo ano passado. O título estadual serviu para maquiar um campeonato onde J. Malucelli e Nacional, com orçamento e torcida muito inferiores em número, deram uma lição nos ‘grandes’ da capital.
Nessa hora, sai chumbo para todos os lados, pois a culpa realmente é de todos. É de Geninho, que sempre queima a mesma substituição todos os jogos, tirando o Marcinho e deixando o time sem possibilidade de alterações no final (se alguém machuca, é um a menos para o resto do jogo). Se o cara não joga, não escala ele e deixa no banco, oras!
É culpa da diretoria, que muda seu discurso toda hora que o Atlético dá seus altos e baixos. Libera o Lima e deixa o time dependente dos juniores, que ainda não estão prontos para levar o time nas costas. Para piorar, empresta peças insubstituíveis por micharias: Alan Bahia (ah, como nos faz falta um volante que sobe e faz gols) e Ferreira (o melhor meia dos últimos cinco anos do time).
É culpa dos jogadores, como Marcinho, Galatto, Antônio Carlos e Rhodolfo. O primeiro nunca jogou aqui. O segundo se tornou uma peneira, levando um time já fraco por água a baixo. E os dois zagueiros acima então, nem se fala, sempre se revezam pra ver quem vai entregar o gol da partida. Cada jogada dos dois nos dá um frio no coração.
Mas como criticar é fácil, vou parabenizar o Vinicius, injustiçado pela falha no Atletiba, mas que jogou muito bem. Parabéns ao Chico, que sempre nos dá confiança. E parabéns ao Valencia, que não fez muito hoje mas tem muita raça e vontade de jogar, pois se recuperou de uma lesão em tempo recorde. Também, parabéns ao Márcio Azevedo, a única esperança de gol que estamos tendo.
E, por fim, se são sugestões o que faltam, quero apresentar uma lista de reforços, nenhuma super contratação, só aquilo que um time com a grandeza do Atlético pode pagar:
Alex Mineiro (reserva no Grêmio)
Paulo Baier (saindo do Sport)
Claiton (Japão)
Lima (sem clube)
Roni (reserva no Santos).