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8 jun 2009 - 12h21

A porta da frente

Geninho sai pela porta da frente. D minha parte e acredito que para a imensa maioria da torcida, sem a imagem arranhada, porém desgastada.

O agora nosso ex-comandante mostrou que foi útil para uma solução emergencial, evitando a nossa queda para a segunda divisão no ano passado, ou seja, mostrou ser perfeito para causar um ‘impacto’ no conjunto, ocasionando uma arrancada que foi decisiva para evitar a degola.

No decorrer do Campeonato Paranaense, com as falhas do time em razão da fragilidade de alguns setores, que não podiam mais ser maquiadas nem mesmo pelo aspecto emocional causado pela presença do Geninho no banco de reservas, este mostrou o ‘mais do mesmo’, o velho filme que estávamos acostumados a ver nos últimos anos.

No Campeonato Brasileiro, por óbvio que a situação não se mostraria diferente. A cena do jovem zagueiro Manoel, ontem, escorregando e sem saber o que fazer em campo, improvisado na lateral, foi patética, e o espelho da nossa atual situação e como o nosso (agora ex) treinador estava perdido no comando.

O time, ao levar um gol, não sabia como reagir, o já falho esquema montando transformava-se em um amontoado em campo, sem liderança dentro dele, e sem um sinal de reação vindo de fora.

Eu, mesmo gostando do Geninho, era um que já não podia mais concordar com a presença dele, mesmo sabendo que ele, ainda que completamente perdido nas últimas partidas, não era o único culpado. Como bem disse o amigo Mário Montanha, cada um tem a sua parcela de culpa, inclusive parte da torcida que ficou se digladiando em fóruns na internet em discussões políticas.

Inclusive aqueles que ainda insistem em colocar ex-dirigentes acima da instituição Atlético, chegando ao cúmulo de torcer contra, não apontam soluções para o problema. Aí fica fácil, até eu atiro a primeira pedra. Como se a coisa não viesse sendo igual desde 2005.

Quem sabe, como disse o Geninho, um novo comando, dentro e fora das quatro linhas, no banco de reservas, venha mesmo a dar um choque no time. Impossível que alguns atletas tenham desaprendido a jogar bola, mas é claro que bons reforços devem ser contratados, e a diretoria está ciente disso.

Espero ainda que o Baier traga uma nova cara ao time e seja a liderança que a equipe necessita, assim como espero que não haja uma ‘fogueira das vaidades’ tendo o sr. Rafael Moura como seu principal oposicionista.

Enfim, resta agora erguer a cabeça e continuar incentivando e apoiando o time incondicionalmente.

Gostamos do Geninho, mas acima dele está o Atlético.

Quem sabe um dia o simpático e bonachão Eugênio Machado Souto ainda possa voltar, em um novo momento, com o clube já em um patamar superior a nível nacional, afinal, o mundo dá voltas.

Se até o lastimável Mário Sérgio Pontes de Paiva já teve a inexplicável oportunidade de retornar uma segunda vez, porque não?

Mas agora o momento pedia mesmo mudanças e vamos torcer para que as coisas voltem a se ajeitar.

Geninho, ao menos, sai como entrou: pela porta da frente.



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