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9 jun 2009 - 23h03

Início do problema

Todos acham que o problema começou em 2006, eu digo que o começo foi no início de 2002. Isto, INÍCIO de 2002.

Por quê? Uma longa historia, tentarei explicar:

No início de 2004, tínhamos no grupo um jogador que estava lá sem pagar nada, usando nossa infraestrutura, e ninguém garantia que daria certo. Tínhamos um técnico que, na última oportunidade, não tinha dado certo, era o Mário Sérgio. Ele sabia fazer equipes usando jogadores como peças num xadrez, mas não sabia fazê-las auto-sufientes no campo. O Campeonato Paranaense começou e fomos capengando; chegamos à decisão e lá perdemos. O técnico continuou, começamos o Brasileiro, da mesma forma que em 2003, aquela incógnita entre bons jogos e jogos ruins, ganhando em casa, perdendo fora e alguns empates; até ganhamos de 6 x 0 do Goiás, depois perdemos de 6 x 0 do Inter, ou seja, era um time achado de tentativa e erro, apostando na molecada e dava mostrar que poderia dar certo.

Foi quando apareceu um técnico que em nada tinha com o Atlético, mas sabia organizar um time, o Levir Culpi. Estabilizou a equipe e ficamos 18 jogos sem perder e com umas 15 vitórias. Terminamos o torneio em segundo, sabendo que tínhamos equipe para sermos campeões; sabíamos que, com aquela equipe, seriamos campeões da Libertadores. A diretoria resolveu fazer $$ com aquela equipe – Fernandianho e Jadson fora, Washingon também, ou seja, 70% da equipe virou $$$, e começamos o Paranaense de 2005 desmontados, e veio a Libertadores tomando goleada em casa. Eis que, do além, com o velho Delegado, aquela equipe começou a jogar com raça, conseguiu uma sortuda classificação e depois veio se segurando naquela chance. Mas temos que ter a noção que aquela equipe foi montada sem querer, pois foi uma mescla de novos jogadores com jogadores que aqui já estavam, e 2005 acabamos com mais um vice, o vice da América – no ano que montamos uma equipe competitiva quase que sem querer. Por que sem querer? Porque o MCP sabia que em 2002 ele manteve a equipe campeã de 2001, pagando altos salários, e não foi a lugar nenhum na Libertadores e desvalorizou os jogadores. Então, no final de 2004, fez dinheiro com aquela equipe vice-brasileira, porque assim garantia $$ e 2005 via o que dava e deu certo.

Final de 2005, novamente fizemos dinheiro com equipe; se não tivesse aquela sensação de ‘conseguimos nosso objetivo’ teria novamente colocado-nos na Libertadores. Começou 2006 e o Atlético novamente resolve fazer um time com um amontoado de jogadores com aqueles que aqui já estavam. Até que não se saiu mau, tinha belos jogadores lá. Mas nem sempre a colheita é boa, e foi cada ano piorando, o solo foi cansando – vejam 2007, 2008 e 2009. A colheita agora só deu um jogador de verdadeiro nível.

Então, para realmente mudar de nível, precisamos ‘adubar o terreno’ e o adubo vem daquilo que para nada serve, como 1995 veio após uma goleada, e 1999 veio depois de 1998, onde o Warley nos tirou da segunda divisão quase certa, e 2004 veio depois de um 2003 todo maluco. Precisamos de uma equipe formada com maioria de novos jogadores, jogadores novos com a qualidade do garoto do RN. O ‘adubo’ nos já temos, semente também.

Em 1995, surgiram ‘n’ jogadores bons; em 1999, depois que Atlético quase caiu em 1998, surgiram Adriano, Lucas, Kelly. Obviamente que, a cada ano, tem que se manter pelo menos 50% dos talentos. Pergunto a vocês?

Quem eram os talentos de 1999? Quantos ficaram?
Quem eram os talentos de 2000? Quantos ficaram?
Quem eram os talentos de 2001? Quantos ficaram?
Quem eram os talentos de 2002? Quantos ficaram?
Quem eram os talentos de 2003? Quantos ficaram?
Quem eram os talentos de 2004? Quantos ficaram?
Quem eram os talentos de 2005? Quantos ficaram?
Quem eram os talentos de 2006? Quantos ficaram?
Quem eram os talentos de 2007? Quantos ficaram?
Quem eram os talentos de 2008? Quantos ficaram?

Olha, talentos são os jogadores destaque da equipe.

Estas perguntas vão montrar que, no ano de 2002, começou o nosso erro. E foi quando o senhor MCP, que agiu como torcedor, e não deu certo, e prometeu a ele mesmo que nunca mais agiria como torcedor, somente com administrador, que sempre colocaria o $$ seguro a frente das possibilidades e custo de jogadores que talvez poderiam garantir sucesso da equipe.

Assim foi o começo do erro, acreditar com todas as moedas naquilo que é possibilidade. Agora temos que saber tornar possível parte das possibilidades mesclando com o novo.

E digo, o ‘adubo’ nós temos, as ‘sementes’ também, falta empenho. Temos 7 meses para colhermos nosso resultado; se as ‘sementes’ não forem tratadas, teremos ervas daninhas.



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