Vamos botar a cabeça no lugar?
Sou de uma família de classe média. Comecei a trabalhar com 11 anos, quando meu pai, funcionário público, resolveu abrir uma representação e me escalava para levar de ônibus caixas com produtos as cidades de Iraty, União da Vitória, Lapa, Porto Amazonas, União da Vitória e São Mateus do Sul. Aos 16 anos, virei digitador em uma empresa de auditoria (na época quem dominava o Cobol e o Lotus tinha mercado garantido). Já fui vendedor, auxiliar administrativo, trainee, gerente e hoje sou diretor comercial. Em 22 anos de trabalho aprendi, entre tantas outras, nunca subestimar ninguém, seja por sua fisionomia, religião, idade, grau de instrução, sexo, etc. Outra lição que a vida me deu foi nunca achar que era perfeito, que nunca erro, muito pelo contrário. Todos nós erramos, temos defeitos e virtudes.
Fico chocado em ler a maioria dos textos do espaço Mala, Atleticano, desculpem-me o erro, Fala, Atleticano. A maioria que escreve aqui não erra, não possui defeitos, é dono da verdade e são tão gurus, que, se todos nós seguíssemos suas idéias, não só o Atlético, mas o mundo todo estaria salvo. Menos gente. Como um colega escreveu: primeiro se critica depois avalia o trabalho.
Meu técnico preferido não era este também, seria o Dorival Jr, Luxemburgo ou o Paulo Autuori, mas o que nós temos é o Waldemar Lemos e xingar, criticar e só meter o pau antes de ver seu trabalho é no mínimo falta de bom senso. O Ocimar Bolicenho é paranista, mas acima de tudo é um profissional de mercado. Outro colega descreve perfeitamente o fato. Então deve-se perguntar ao funcionário do Atlético qual time ele torce antes de contratá-lo? Ridículo.
Como já escrevi antes. A todos aqueles que estão descontentes, sugiro o caminho administrativo, sabendo que um racha neste momento levará o clube à segunda divisão. Outra sugestão é não comparecer ao estádio e deixar para as pessoas que não são derrotistas o papel de incentivar o time, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até a que a morte nos separe.