[Dia dos Namorados] O coração de São Paulo é rubro-negro
O Atlético sempre esteve presente em minha vida, pelo menos desde que eu decidi torcer para este grande clube, o que não faz muito tempo, na verdade. Não sou atleticana de berço, afinal sou paulistana, e aqui em São Paulo só começamos a conhecer o Atlético Paranaense após a conquista do título brasileiro de 2001 e a inauguração da Arena da Baixada. E foi através da força da torcida, de ver aquele espetáculo todo que só a torcida atleticana sabe fazer, que me apaixonei pelo Atlético.
E é por causa desta paixão que hoje tenho a minha outra paixão, que conheci em uma situação mais que especial, já que somos atleticanos em condições especiais, ou seja, moramos em São Paulo, bem longe do nosso querido Furacão.
Tão longe e tão perto, foi assim que me senti no início do projeto das Embaixadas, já que finalmente não iria torcer sozinha em casa. E foi em um desses encontros que nos vimos pela primeira vez, porém, não conversamos, já que a tensão era grande, afinal, o Atlético estava na zona de rebaixamento e neste jogo perdemos para o Náutico.
O ano novo veio com a garantia da permanência na primeira divisão e logo começava a Copa São Paulo de Juniores, um campeonato muito acompanhado aqui em São Paulo. Não importa o time, os estádios estão sempre relativamente cheios, ainda mais quando a competição afunila. E a torcida atleticana não poderia ficar de fora, ainda mais nós, atleticanos em Sampa.
Eu tinha acabado de sair de um relacionamento, um relacionamento não muito saudável, já que havia deixado de ir a pelo menos dois jogos do Atlético por causa dele, e então entrei de cabeça em acompanhar nossos juniores pelo interior de São Paulo e foi em uma destas viagens que tive a oportunidade de conhecer meu então futuro namorado.
Viajamos para Hortolândia para o jogo contra o Fortaleza, que foi emocionante já que fomos para os pênaltis. A cada batida ficava olhando para aquele piá torcendo e gritando, subindo no alambrado todo encharcado, pois havia chovido muito. Novamente não tive coragem para falar com ele, mas no próximo jogo da Copinha, novamente em Hortolândia, contra o Cruzeiro, talvez o jogo mais emocionante até então, estávamos lá torcendo, e por causa de toda a emoção da vitória conseguimos ficar juntos naquele dia comemorando, e seria esta emoção que nos levaria a Rio Claro para o jogo contra o São Paulo.
A cada jogo a emoção de torcer aumentava assim como o jeito que eu me apaixonava por ele. No jogo contra o São Paulo, em Rio Claro aparecemos muito na televisão, já que éramos os mais exaltados na torcida do Atlético, quase os únicos e chamaram-nos de casalzinho atleticano, mal sabia que iríamos mesmo ser um. Após a Copinha passamos a assistir a todos os jogos, viajar, participar de todos os eventos juntos. Tudo que estava relacionado ao Atlético lá estávamos nós representando bem São Paulo.
Como eu poderia imaginar que encontraria nesta cidade um atleticano que me acompanhasse nestes eventos? Sempre tive problemas com relacionamentos justamente por colocar o Atlético em primeiro lugar e agora sentia que estava completa. Quanto mais falávamos do Atlético, quanto mais acompanhávamos nosso querido Furacão, era cada vez mais difícil ficar longe um do outro e hoje estamos mais que juntos, não só pela paixão que sinto por ele, mas pela nossa paixão pelo Atlético.
Ele é a pessoa que me faz feliz por não ter de brigar por causa do Atlético. Ele é a pessoa que me entende quando fico triste por ver o Atlético perder e vice-versa. É ele que está comigo no estádio, seja na Baixada ou em qualquer um aqui em São Paulo torcendo e vibrando a cada vitória do Furacão. Ele é a pessoa que me faz suportar esta distância da Baixada já que é um pedacinho do Atlético aqui nesta cidade do eixo, além de ser um pedacinho do meu coração rubro-negro. Ainda vamos comemorar muitos títulos juntos, não poderia fazê-lo sem ele.
Eduardo Caballero, eu te amo! Você é o pedaço rubro-negro que faltava no meu coração atleticano! Feliz Dia dos Namorados!