No excelente Blog da Baixada, li – estarrecido: ‘Emprestado ao Valladolid, da Espanha, no início de 2009, o atacante Pedro Oldoni não terá o seu vínculo renovado com o time europeu. A decisão foi informada pela diretoria do Valladolid por intermédio do seu site oficial, e o avante já foi visto no CT do Caju. A diretoria atleticana ainda aguarda o fim do contrato de empréstimo, no dia 30 de junho, para então definir o futuro do atleta. Se não conseguir encaixá-lo em outra equipe do exterior, o Furacão deverá reintegrá-lo ao elenco principal’.

Como disse, li a notícia estarrecido. Saí da frente do computador, fui até o banheiro lavar o rosto e voltei para frente do micro na esperança de que tudo não passasse de alucinação da minha cabeça, por causa do excesso de trabalho na Secretaria da Saúde. Infelizmente, a notícia continuava lá, inalterada.

Pois o Pedro Oldoni parece que está voltando. Ai, meu Deus, o Pedro Oldoni está voltando! Tanta gente boa para voltar ao meu Atlético, dentro e fora de campo, mas quem volta é PO – Pedro Oldoni.

Eu mereço! Tenho feito a Edith, minha doce e bela namorada, sofrer! Qual o castigo? Pedro Oldoni no time do Rafael Lemos!

Eu mereço uma desgraça dessas! Faz dois anos que não vou à missa! Qual o castigo? Pedro Oldoni no ataque!

Quando pequeno, eu batia no meu irmãozinho. Fazia arte. Comia além da conta. Imitava os professores para os colegas acharem graça.

Na adolescência, eu beijava as meninas durante o recreio em pleno colégio Marista. Não estudava e passava o tempo folheando revistas de mulher pelada!

Já adulto, bebi oceanos de cerveja, fumava um maço de Marlboro por dia, cobiçava a mulher do próximo, votei duas vezes no Lula, fui um professor rigoroso demais e até reprovei alunos.

Todavia, por mais que eu tenha feito tudo isso, ó Senhor, Pedro Oldoni de novo é castigo que nem o Bandido da Luz Vermelha merece, nem o Chico Picadinho, nem o Fernando Collor e nem mesmo o Marcos Malucelli!

Pedro Oldoni de volta: eu devo ter jogado, em vida passada, pedra na Cruz! Eu devo ter sido Adolf Hitler! Talvez Jack o Estripador (Jack the Ripper) ou coisa pior, ou coisa pior!

Se for em punição a essas minhas vidas passadas vá lá, eu até entendo. Mas como Rafael Lemos eu não fiz tanta maldade para merecer isso. Juro que não fiz. A pena de aturar o Pedro Oldoni no ataque do meu Atlético é por demais desproporcional!

Nada contra o bom menino Pedro Oldoni – há meninas que gritam por sua beleza, segundo consta – mas que volte ao Brasil para ser modelo, até porque passarela não tem bola, não tem trave e não tem a minha audiência (salvo quando desfilam a Gisele Bündchen, a Isabelli Fontana e a Edith Aragão, é claro!).