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21 jun 2009 - 10h30

Gripe equina

Desculpem-me os humildes, os modestos, os conservadores, os conformistas, os passivos, otimistas e as mulheres de malandro. Isto aí continua não sendo o Clube Atlético Paranaense. Não passa de um factóide, bem ao gosto daqueles que se alimentam de ilusão. Comem ilusão. Consomem-na e ainda vão ao beco escuro comprar mais.

-“Serão os ‘TOPs’ (transtornados obsessivos compulsivos), eventuais viciados, lunáticos passionais ou ainda prodrômicos das cataratas?”

Depois ficam com vergonha porque obrigatoriamente precisam ir ao BWC para eliminá-la, posto que, além do mau cheiro peculiar, é extremamente difícil sair. Pois muito pouco tem de aproveitável, formando quase sempre um bolo residual característico dos fecalomas. Às vezes, vem pela boca, pela força da náusea e do enjoo, não aguentando esperar a passagem pelo trato intestinal.

-“Sintomas e sinais? Procure seu torcedor. Pausa para a anamnese. História pregressa e história da doença atual. Sem necessidade de exames complementares. Vamos às causas…”

Primeiro tempo. Normal, para duas equipes tecnicamente carentes, costumeiras a desapontar suas torcidas.

Segundo tempo. De início, vê-se claramente a filosofia de cada treinador. Vanderlei com V, coloca dois atacantes, fora de casa, indo em busca: atitude. Waldemar com W, no mesmo esquema 7-1-2, fica na espera: inércia. Uma leve e negativa premonição me passou pela cabeça (como sempre), mas eu devia esperar e dar a chance, aguardar o tempo então. Esperar um novo tempo? Ou seria novamente esperar pelo mesmo tempo?

Um a zero. O QUINTO ANO seguido de gols oriundos de bolas paradas. Quem esqueceu lembre que o artilheiro era o Aloísio (2005). Ninguém faz nada para mudar isto, ou melhor, acrescentar a isto.

Empate: o QUARTO ANO seguido sem goleiro que preste. Quem esqueceu lembre do Diego primeira fase (2005). Ignoram a máxima de que um grande time começa com um grande goleiro. Esqueceram do que este fez na decisão do paranaense ano passado, junto com o “sensacional” Danilo. Hoje, de tão bizarro o lance, nem dá para comentar. Conseguiu chutar na joanete do Obina, pasmem: perder para o Obina, que marcou seu 2º (ou será 3º?) gol no ano. E tem gente que vai por a culpa no Paulo Baier. Sacaram ele, colocaram o voluntarioso Wesley, que já devia estar em campo desde o começo, e o time ficou sem líder em campo. AC capitão é lorota. Tive a desconfiança do empate.

Dois a um: bola parada também vale, dizem aqueles humildes. Doentes porque não vêem perspectiva alguma na evolução deste time e consolam-se com o único jeito do Atlético fazer gols, sentindo-se satisfeitos por isto. Tal o cara casado com a bagulhosa mal-educada, que responde a todos “mas a gente se ama… é feia mas é minha…”

Sacaram Marcinho para botar mais um zagueiro: TIVE A CERTEZA ABSOLUTA DO EMPATE.

Escanteio aos 48:30. 2 x 2, ou seja, merecido para quem não se mostrou mais do que outro timbuense COVARDE, administrador de resultados.

-“Ah, seu animal, melhorou muito! Ele só teve uma semana, coitado. Você deve ter visto outro jogo.”

-“E nós só estamos no quarto ano consecutivo, de nós ninguém tem pena. Mas você tem razão: eu assisti Náutico x Grêmio.”

Pior que tudo isto é que tem um caminhão de gente que vai meter a culpa no árbitro, que já estava encomendado desde antes de sua escalação. Ingênuos, acharam que o Aliciado Sem Pena Jr não iria favorecer outro paulista. O problema nunca é o árbitro, é sim a arbitragem: podre e eterno sistemão, servindo como justificativas novamente. E dizem que o placar foi injusto. Fingem que não sabem que nós, times fora do tridente do mal (SP-RJ-RS), sempre temos que jogar contra 12, portanto jogar muito mais, principalmente porque este “jogador” a mais é treinado pela CBF.

Não amigos, esqueçam a paupérrima e repetida justificação apelante à capciosidade dos árbitros. Foi absolutamente justo para quem, mesmo precisando de vitórias, recua antes de começar, pois entra num 7-1-2. E para quem acha que a diferença de um gol está boa. E para quem substitui jogadores como se estivesse jogando vôlei.

Goleiro medroso. Antônio Carlos entregador. Rhodolfo sem fazer nada. Ala direita inexiste. Volantes meia-boca. Marcinho isolado na frente. Rafael Moura o previsível João Bobo. Queriam que as jogadas fossem criadas pelo Paulo Baier. Ele e o Azevedo. Só dois na criação: chamem isto do que quiserem pois eu, atirando na ciência, chamo de imperícia + negligência + imprudência, tudo junto!

Enquanto não houver alguém corajoso o suficiente para ser técnico deste CAP, enquanto não tivermos um Goleiro de verdade, enquanto esta zaga estiver com Antônio Carlos e Rhodolfo no miolo, enquanto o centro-avante for Rafael Moura e enquanto a tática for defensiva, vamos permanecer na mesma MER** de sempre. Ou seja, ainda continuamos comprando ilusão. Contratando gente descompromissada, ou por ruindade, por covardia ou por omissão.

O legado futebolista de MCP está, sob o comando de MM, entregue à sorte. Isto é, entregue a algo que não existe. Isto é a prova de que este time é mesmo um factóide, o qual só traz uma perspectiva: o descenso. Rafael Santos, Márcio Azevedo e Paulo Baier não farão sozinhos um verão. Vão se preparando neste inverno de goleiros, AC, RD, Zé, RM, porque vem por aí a gripe EQÜINA: dos pangarés para o mundo.

Porque falar sobre o Atlético nos últimos 5 anos é chegar ao cúmulo do prolixo, repetir do mesmo. Só muda as figurinhas, a coleção continua purulenta. Não dá mais para agüentar o contraste, o contra-senso, a contradição, o paradoxo entre os novos tijolos que construíram e o que as mesmas chuteiras destroem.

-“Dá licença, por favor.”

-“Onde você vai, seu chat* do carai*?”

-“Vou ali vomitar. Volto semana que vem.”

-“Tá contaminado, hein? O vírus do cavalinho te pegou!”

-“Pudera, quem passa 5 anos vendo um time de bos**…”



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