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30 jun 2009 - 7h18

Tributo a Fernando Carvalho

[Guardadas as devidas e diferenciadoras considerações, venho por meio deste elogiar a medida (meio utilizado para atingir um fim) – pois é muito mais que uma simples atitude (gesto, postura) – tomada na tarde de hoje pelo vice-presidente do Sport Club Internacional de Porto Alegre/RS.]

Formalmente, este dirigente apresentou-se numa coletiva de imprensa (para alguns corajosamente, para mim um verdadeiro exercício de função pela honra na defesa de sua Instituição), na qual mostrou a este público especializado um DVD de 8 minutos contendo as imagens referentes aos lances em que o Sport Club Corinthians (o Jotinha Paulista ou Malutrom da Paulicéia) foi vergonhosamente favorecido pelas arbitragens, desta vez na Copa do Brasil. Fôssemos ao cerne da questão, não haveria de se falar em “favorecimento” ou “benefícios”, mas sim conluio.

Embora não tendo acesso ao vídeo – quiçá os colorados o postem na rede – podemos nós Atleticanos perfeitamente solidarizarmo-nos ao Inter, posto que também e novamente sofremos na pele a covardia do modus operandi da máfia do apito, prática ilícita que predomina nos gramados deste país há décadas, deixando que a estupidez e a impunidade possam acabar trocando as faixas nos peitos daqueles que realmente fizeram por merecer.

Todos sabemos quais as “razões” que estão levando aquela agremiação paulista ao título, que por sua vez confere uma vaga na próxima Libertadores da América. Em suma, Ronaldo (o fenômeno europeu), “precisa” jogar no referido campeonato ano que vem, pelo bem do mercado, ou seja, dos “mercadores”. Isto é uma coisa.

Outra coisa é o procedimento que Fernando Carvalho executou hoje. Fosse ele melhor assessorado, incluiria no vídeo o pênalti não marcado em cima de Márcio Azevedo aos 3 minutos do 1º tempo no 2º jogo. Talvez não tenha sobrado “espaço” na matéria, em virtude de tantos “erros”… erros? De forma alguma, em todos estes e noutros lances houve a mais pura manifestação de vontade dos árbitros, pré-concebidos, intencionalmente dirigidos. E vem a mídia temerosa e ignorante e os classifica como “erros”, o discurso da “falta de critério”: há sim, apenas um critério… a tramóia, artimanha, trapaça.

Inobstante as diferenças passionais inerentes à Inter e Atlético, não se pode deixar de enaltecer, elogiar e parabenizar este Dirigente nesta e por esta medida ousada no sentido de revelar ao país a verdade, principalmente aos que não querem reconhecer, escondendo-se atrás dos microfones, tergiversando em suas pautas, atropelando os teleprompters, enfim omitindo-se do seu dever jornalístico e pior, aos que fogem dos seus deveres profissionais estando na condição de dirigentes, os outros dirigentes.

Os covardes dirão que não passa de “motivação extra” para os jogadores do Inter. Os envolvidos no “sistema” cuspirão que é uma reles e antecipada “choradeira”. Os mau cheirosos ignoram por não ter argumento para oferecer à contradição. Os homens dirão que foi uma medida digna de exercício de cidadania. Todos aqueles, perversos fugitivos da dimensão real que o caso (establishment) demanda.

Tivéssemos nós, aqui no Clube Atlético Paranaense, alguém imbuído da conscientização suficiente para a função que o cargo de Dirigente minimamente requer, materializada neste episódio gaúcho, talvez estivéssemos a disputar mais títulos, este por exemplo.

Mas por enquanto isto é um sonho. Não o sonho de disputar o título de uma Copa do Brasil, mas o sonho de ser comandado e representado por alguém que verdadeiramente trabalhe, isto é, quando preciso lute pelos direitos de seu Clube, em respeito à sua Torcida e à própria Instituição, sem se importar contra quem for a lide, sem se considerar vulnerável diante do poder da CBF e da mídia esportiva, sem pasmar na inércia da hiposuficiência mental dos omissos, frente outras partes manipuladoras de interesses particulares não mais escusos, extrapolando a paciência contida nas bolsas escrotais dos verdadeiros homens de bem, os honestos.

Que Fernando sirva de exemplo para tantos outros, instigando-os ao movimento, a ponto de promover uma verdadeira quebra no paradigma da corrupta arbitragem espúria, para que NINGUÉM mais seja vítima desta viciosa prática, nem vocês em relação aos paulistas, nem nós em relação a vocês. Apenas futebol, em prol do próprio futebol, mais nada.

-“Sr. Fernando Carvalho: simplesmente parabéns!”

Eduardo Pacheco de Carvalho. Torcedor do Clube Atlético Paranaense.]

Ps 1: este elogio foi igualmente encaminhado ao site oficial do Internacional.
Ps 2: aos colegas colaboradores deste espaço, aos operadores da Furacao.com e aos leitores das minhas cansativas e reflexivas colunas destes três últimos anos, deixo um forte abraço como agradecimento pois, enfim chegada a hora, feito o Blindagem, “vou cantar noutro lugar”.
Ps 3: o nome dele é Waldemar.



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