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7 jul 2009 - 22h40

Erros capitais

Os erros capitais do Clube Atlético Paranaense para chegar a atual situação em que está são muito mais densos e profundos do que na reportagem empírica feita pela Revista Placar, recentemente. Basta estar dentro do Clube para ver como as coisas se processam lá dentro e como o que é importante deixa de se processar.

Ditadura – Existia dentro do Atlético Paranaense um sistema político ditatorial, onde um mandava e os demais assinavam embaixo. Os demais não tinham capacidade profissional e, exatamente por isso, não tinham condições de debate no tete-a-tete.

Vaidade – Os dirigentes de futebol, na maioria desprovidos de cérebro, tem um componente que atrapalha sempre a administração chamado de vaidade. E são nulos os que não sofrem deste mal. Todos são vaidosos e esperam ter aprovação de 100% dos seus eleitores, no caso – tocedores. Quando são afrontados por algum motivo entram em decadência emocional e são capazes de planejar as mais torpes estratégias para retomada do prestígio e da popularidade. Aos mais inteligentes, as poucas linhas dizem o que acontece nos bastidores do Poder, dentro do Atlético Paranaense.

Interesses – Os interesses dentro de campo são infinitamente menores há alguns anos do que os financeiros. Os dirigentes costumam repetir que futebol é grana. Ou seja, se der dinheiro está cumprindo o seu papel. Se não der dinheiro, precisa ser urgentemente replanejado para que haja o fruto principal de todo o seu trabalho – ou seja, dinheiro! O mercantilismo deixa de ser uma expressão virtual e passa ser realidade do dia a dia do futebol.

Empresários de Futebol – Este para mim é o maior canal de corrupção do futebol brasileiro. Os empresários de futebol acabam definindo e gerindo regras contratuais, oferecem jogadores sem gabarito e esperam ter lucro em todas as suas ações – frustradas ou não. Apostar num jogador em início ou em final de carreira é um risco que os dirigentes parecem que sempre querem correr. No final de carreira por supostamente serem mais baratos (o que é um erro, eles se tornam infinitamente mais caros com os seus tratamentos médicos, restaurantes, fisioterapeutas, horas fora de campo, etc). No início de carreira por serem fontes de novo de lucratividade, caso apareçam como craques em alguns jogos de Brasileirão.

Amadores – São poucos os profissionais competentes dentro do Atlético Paranaense. E se existem estão em áreas equivocadas. Os estratégicos, ou seja – diretores e coordenadores, são pessoas facilmente manipuláveis e que fazem basicamente aquilo para o qual são mandados. Não existem idéias novas e, se existem, apenas são aplicadas após o aval ditatorial dos que se dizem partícipes de conselhos. A falta de profissionalismo (que era uma ilusão no Atlético Paranaense) é o que faz com que nada saia do lugar, não ande, não caminhe.

Futebol – Por ser canal de fonte de recursos e espetáculo, não existe um investimento em profissionalização, seguindo a máximo dos demais pontos assinalados. São contratados amigos e amigos dos amigos para a área que deveria ser a estratégica. Nada muda. Os estagiários ficam em cargos que são fundamentais em qualquer clube como treinador, preparador de goleiros e preparador físico.

Base – Os meninos que são revelados nas bases (juvenis ou escolas) não sobem para o Profissional. Eles são vendidos muito antes. Por vezes nem ao Junior chegam. Ficamos sabendo que passaram por aqui, por vezes. Mas normalmente vão para o Exterior – o que acaba fazendo com que pouco se saiba, pouco se acompanhe, pouco se tenha idéia.

Ignorância – Os sócios são deixados na ignorância sobre temas que eles têm duvida e jamais tem acesso ao que interessa: quem é quem, números, motivos de déficit, notas que são emitidas, quais são pagas, quem recebe comissões, motivos das comissões, valores delas. Não se dá direito a que existam oposições, dialéticas, debates, troca de farpas. Os que fazem algo neste sentido são taxados de inimigos e nem os emails dos mesmos são respondidos.

Conselheiros – Com a busca de eleições sabe-se lá por quais motivos, muitos se calam. Querem ser candidatos, querem buscar a presidência do nosso Atlético a qualquer custo, querem ser os presidentes da Copa do Mundo.

Patrocinadores – Deram a responsabilidade de captar patrocínios a uma única pessoa que foi competente enquanto o Ditador era temido em todas as partes por onde passava. Com a queda da força que tinha (provocada por um pedido pessoal dele a esta blogueira e que dizia: quero desvincular minha imagem casada hoje com a do Atlético Paranaense – acho que fiz com perfeição!), o captador teve que ser ele mesmo. Não conseguiu patrocínios, provou sua incompetência ao ser afastado da Comunicação e do Marketing no ano em que tivemos o maior salto de número de sócios na história do futebol brasileiro: de 2,5 mil para 20 mil. E ficaram sem caixa, sem patrocínio, vivendo da crise internacional com a baixa das transferências internacionais).

Auditoria – Falta uma fiscalização integral do Clube Atlético Paranaense através do seu corpo de sócios que deveriam ser chamados a uma auditoria interna a cada seis meses para aprovar e positivar os gastos e as receitas.
Torcidas Organizadas – A falta de sobrevivência das torcidas sem o aval da diretoria, que pode proibir e liberar faixas, proibir ou liberar baterias, proibir ou liberar contato com jogadores, é um dos grandes problemas. Quanto está amparada por direitos, as torcidas se calam e apóiam a gestão – sem questionamento, sem xingamento, sem mostrar a força que tem.

Imprensa – Comprometimento absurdo financeiro de comentaristas, colunistas e repórteres com a estrutura de Poder acaba turvando o fiel retrato dos acontecimentos dentro do Furacão. Nem mesmo os sites de torcedores são livres e apóiam o que teria que ser questionado, dia e noite questionado.

Enfim, ficaria aqui falando sobre os erros uma eternidade. Acerto? Cobrança. Não dá para nos calarmos, temos que dia e noite cobrar – cobrar e cobrar. Sem medo do que pode ocorrer, por que criminosos existem dentro e fora de toda e qualquer estrutura de Poder. Mas temer é se acovardar, é mostrar que se é rato, que não merece a vida, que não merece a paixão, que não merece o nosso Atlético – dos Paranaenses.



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