Bernardinho disse: ‘Manter uma equipe no apogeu é difícil’

O Atlético está caindo fazem 4 anos; chegamos a ser tão fortes que estávamos acabando com os nossos rivais.

Sempre o rival acompanha o crescimento do inimigo, observem o Cruzeiro com o Atlético, e por aqui, até 2004, os dois cresciam e cresciam, mas em 2005 o Atlético avançou muito, muito além. Parceria com a Kyocera, Libertadores, goleadas históricas no Brasileiro, evoluímos tanto que tomamos o espaço do rival, ou não demos tempo para ele se desenvolver, e o nosso rival diminuiu, diminuiu. Perdemos nosso sistema de medida, parece filosofia, mas se observarem, isto é uma característica do futebol, a dupla Grenal andou mal das pernas de 2000 até 2005, quando voltou a ter a importância no cenário do futebol.

O futebol carioca vem desequilibrado ao ponto de abrir espaço para equipes da periferia do Rio de Janeiro, e as grandes, a cada dois anos, se colocam a remar na segunda divisão, e neste poço só não remou o Flamengo, mas com grandes investimento na conseqüência (jogadores prontos externos) logo acabará o PetroReal e o Flamengo vai remar na segunda também.

Mas o que acontece com o Atlético é fora do comum, crescemos muito rápido, e agora estamos diminuindo, mas num ritmo agressivo; e não somente nós, quem cresceu na mesma época que nós também está declinando (São Paulo).

Temos que saber que antes temos que parar de cair; seja como for, primeiramente temos que fazer um campeonato estável e não disputar para não cair. O São Paulo já demonstrou que irá fazer um campeonato estável para evitar qualquer possibilidade de cair, e ano que vem tentará alavancar.

O Atlético não observou seus altos e baixos de 2006 e perdeu muito. Obviamento o Furacão não conhecia o efeito descer de produção porque sempre esteve embaixo.

Temos que apreender a diminuir se preparando e organizando para voltar a desenvolver e crescer.

A diretoria passada, nesta realidade e diminuição, soube realizar alguma ações para estabilizar e poder permitir o crescimento, haja visto o plano sócio torcedor e os jogadores de base que despontaram no certame em SP.

A atual diretoria entrou e apenas está dando continuidade num plano não consolidado. A atual diretoria tem que acertar mais um número desconhecido de coordenadas para retirar o Atlético da queda e estabilizá-lo.

Bom observar nosso rival, que teve que fazer a curva lá na segunda e a sua lentidão no ‘volante’, e também observar a dupla do Sul, pois uma delas também demorou no ‘volante’ e a outra, vermelha como nós, refez as coordenadas e andou próxima à segunda divisão, mas não caiu.

Nos estamos já beiramos a segunda, se este ano melhorarmos, teremos sucesso nos próximos 3 ou 4 anos; caso contrário, espero organizar a casa na série B.

Atlético. Sorte.

Diretoria, tirem a areia da bússola, voltem a investir na propaganda; Curitiba é deles, a grande Curitiba é nossa.

A torcida quer falar e vocês devem ouvir.

702 horas restam para vocês. Podem virar a ampulheta ainda, mas se ficarem vendo o tempo passar e não agirem, nós vamos pintar a Arena de preto.

Todos vão de preto, de luto.

Sorte, Atlético, sorte.