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9 jul 2009 - 18h11

Na tela do 190

Já não há mais novidade a falar. Só repetir. A notícia mostra novas vertentes sobre o mesmo assunto. A violência está na moda. Ela é quem causa o espanto – no lugar da capacidade de criação ou transformação – induzindo o espectador à inércia. Inércia mental, física e espiritual. Agradeça à sua fé, pois não aconteceu com você. Mas siga Guilherme Arantes: “cuide-se bem, perigos há por toda parte e é bem delicado viver, de uma forma ou de outra”.

Então caros ouvintes, pelo bem da prevenção, permaneçam em suas casas, dormindo sobre os colchões magnéticos, passando xampu na careca e comendo pílulas emagrecedoras dieteticamente diarréicas, estes sim, os verdadeiros milagres. A vida lá fora é uma prisão, seja livre dentro de sua casa. Home cinema, TV a cabo, internet, delivery’s, disk-tudo…o melhor lugar do mundo é aqui e agora, na sua propriedade: chamem parentes e amigos e consumam, mas lá dentro. Vejam, pensem pouco e não retruquem. É o ditado.

Redirecionando. Existe uma diferença secular entre o revés e a vergonha. Naquele, vê-se claramente a tentativa, mesmo que sem suficiência, mas sobressai vontade. Nesta, nada se salva, apenas despontam os vários sinônimos que a rica língua portuguesa oferece ao termo COVARDIA.

Fossem realmente Atleticanos os atuais mandatários provisórios de pulso interino do Clube Atlético Paranaense, não estaríamos nesta quarentena quatrienária. Estes, não se incomodam em perdoar e rever derrotantes sujeitos indeterminados (falsos personagens de verdadeiros jogadores ) vestindo o uniforme que não lhes traz identificação alguma, desfilando sua culposa IMPERÍCIA em campo e ao seu redor, deturpando nossa honra e sentimentos, tudo em nome do “mercado”. Ao contrário.

Passivos condolentes ao estupro do fracasso, buscam incessantemente o seu modo de prazer, por mais irracional que possa ser ou que seja repetir, não importando suprimento de moralidade alguma imbuída numa virtuosa nação. São os pais da aberração, responsáveis diretos pela mutação que torna nosso Clube uma VERGONHOSA obra de ficção desportiva. É animalesco manter na escalação personagens que vão destes goleiros ao último volante, e a dupla de “centro-avantes” atual: um é meia, outro é inteira (caga**).

-“Puxa, será que o Waitomar Lemos não está com a intenção de colocar a panelinha juntinha na beira do fogão, para que num próximo jogo eles “queimem” o angu e caiam no chão da cozinha?” – perguntou o ingênuo torcedor sócio da iminente Brazílio Itiberê.

-“Não mesmo, pois este angu já virou prato da casa, mistura, rotina. É só isto que a (con)gestão atual tem para oferecer aos seus clientes.” – respondeu qualquer Atleticano.

-“Mas por que contrataram mais um “professor” sem títulos?” – (leia-se mestrado, doutorado).

-“Pra quê, se Gilmar e sua trupe guardiã ignoraram o diploma de Jornalista para o exercício da função? Não carece um vitorioso, nem qualificado. Então paguemos os mais baratos, porque os que têm faculdade/títulos são muito caros. Aliás, o problema é que ele não é o mentor intelectual do ilícito rubro-negro, é apenas um partícipe.”

É bizarro contratar um treinador manso, que entra em campo só com defensores, que NUNCA SOUBERAM SE DEFENDER. Um sujeito que insiste nas já reprovadas improvisações e nos esquemas falidos, que demora em “testar o grupo” e que fala aos microfones como se estivesse dentro de uma UTI neonatal. Não é este o tipo de homem que o CAP requer neste momento em seu comando técnico. Pudera, pois ele nem sabe o nome do Clube onde trabalha. É capaz até de entrar vestido de Galo no próximo jogo: pensando estar em Minas, desfralda a bandeira do “trabalhando em silêncio”, do “come quieto”, do “raspa pelas beiradas”, um “docinho de leite”, o “queijo com goiabada”…que na real é FUNGO COM MARMELADA.

O Atlético é hoje uma moça que passeia ingenuamente e solitária, na alta madrugada pelas vielas de Almirante Tamandaré, de minissaia sem calcinha e decote “peitinho”, borseta na mão: risco maior, impossível. Sado-masoquista, beira o sarcasmo assumir a possibilidade de ser violentado publicamente todo fim de semana. Toda segunda tem nova chance de se refazer, reinventar, mudar, andar por outros caminhos. Mas não, sábado ou domingo lá vai ela, trôpega e sedenta do mesmíssimo jeitão, ansiosa por nova “goleada”. Um dia acabam matando. Não sem aviso, então facilmente pode-se resumir ser questão fundamental de RESPONSABILIDADE. Aparecerá na TV, só que em outra emissora, em outros dias da semana. Basta saber se alguém vai assistir a bosta.

Então resta buscar na natureza humana as razões explicativas de algumas pessoas serem como estão, viciadas em discursos vazios. Este “vício” já não mais esconde suas conseqüências. Combatê-lo, é identificar a VERDADE, trabalhar com ela, a partir da esperança que mora nas transformações, que só virão de quem tiver AMOR pelo Atlético. Estes, tststs.

Precisamos assistir outros programas, instrutivos, construtivos. Garanto que Robertão gostaria de dar outro tipo de notícias, mas a moda ainda é esta. Os jogadores ainda são estes. O estilo de técnico também é o mesmo. Os resultados idem. Por outro lado, ainda bem que SEMPRE seremos Atleticanos. Nós, não estes que estão na telinha.

Interatividade: coloque você aí, paciencioso leitor que chegou ao fim desta coluna, a data que quiser para esta publicação. Ela cabe direitinho em qualquer dia dos últimos 4 anos. Com a devida exceção quanto ao nome do partícipe.

Arremate:
“A televisão me deixou burro, muito burro demais / agora todas as coisas que eu penso me parecem iguais…” – Titãs, em “Televisão”

-“Ô Cride, fala pra mãe! Tá na hora de dormir.”

-“Boa noite querida, prostituta disfarçada de Atlético.”

Moral da história: isto aí não é o Atlético. Devolva-me, assim será melhor, meu bem. Beijos, Adriana.



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