Outro dia, falando com um irmão rubro-negro, perguntei-lhe: mas, afinal, o que está nos acontecendo? Ele respondeu: “Ora, você não vê… uma dificuldade para dominar a bola, uma dificuldade para ajeitar e direcionar o corpo para fazer o passe, uma dificuldade para fazer tudo isso com um mínimo de agilidade necessária! Até eles dominarem, ajeitarem o corpo, vislumbrarem para quem vão dar o passe, os caras vão lá e tomam a bola deles! Sabe, acho que eles confundem ‘calma’ com ‘lentidão’; só pode ser isso! Tenho observado todas as outras equipes… elas, sem exceção, têm sempre uns ‘rapidinhos’ pelo meio que fazem tudo isso com incrível velocidade… têm sempre uns que também carregam a bola com rapidez e se livram, de passagem, de dois ou três adversários, abrindo mais espaço à frente para os companheiros mais avançados… têm sempre aqueles que acompanham, nos possíveis claros que possam existir (à frente, atrás ou ao lado), aquele que estiver com a bola, isso para dar mais opções de passe ou de armação de jogadas para este último… têm sempre todos os seus jogadores que estão no campo de jogo (algumas vezes, até o goleiro) se mexendo daqui pra lá e de lá pra cá para propiciar o início de uma boa jogada ou a percepção de um passe mais certeiro e produtivo…” Pois é – disse-lhe em resposta-, nada disso nós temos, né? Trocando em miúdos, NÃO TEMOS É TIME DE FUTEBOL! Na verdade não somos o pior time do campeonato; não somos é time, o que é muito, muito pior!

Uma não, quantas dificuldades!

PS: a isso tudo costumam os entendidos chamar de ‘falta de qualidade técnica’.