Queimei minha língua!
No jogo que marcou a volta do raçudo Nei, depois de quase um ano afastado, e do ídolo Wallyson, que quando entra realmente faz a diferença, o Furacão definitivamente venceu e convenceu.
Mexido, com novo esquema tático, com postura diferente em campo (méritos de Waldemar Lemos), aliado ao apoio da torcida o Atlético desbancou o até então líder do Brasileirão Internacional, tido por muitos como o melhor time do Brasil na atualidade ao lado do Corinthians. E convenceu a torcida exibindo um futebol mais qualificado e eficiente.
Vou dispensar comentários sobre o Marcinho, que fez talvez a sua melhor partida com a camisa rubro-negra. Wallyson voltou e voltou bem, quando entra desequilibra e a tendência é ainda melhorar. Wesley, contestado por alguns, vem provando a sua qualidade e também teve atuação notável. Paulo Baier teve atuação modesta mas deu o seu melhor, sempre orientando seus companheiros a ajudando com a sua experiência. Enfim, todo o time, sem exceção, mostrou alguma evolução em relação aos últimos jogos.
Mas o Raul, que eu critiquei e tinha um ‘pé atrás’ com ele, ‘queimou a minha língua’. Reconheci que o garoto jogou muito bem dando apoio efetivo ao ataque não sobrecarregando Márcio Azevedo no lado esquerdo. Participou bastante, driblou e fez até jogada de efeito, assim como Marcinho estava inspirado na tarde de ontem. O menino é muito novo e ainda inexperiente (para o campeonato mais disputado do futebol nacional) e tem quer trabalhado, especialmente no quesito marcação, mas é talentoso, tenho que reconhecer, me surpreendeu.
Torcendo para que os reforços cheguem, pra mim o time da arrancada no Brasileirão agora seria, no 4-4-2: Vinícius; Raul, Rhodolfo, Rafael Santos e Márcio Azevedo; Valencia, Claiton, Paulo Baier e Marcinho; Wallyson e Alex Mineiro (Wesley e Nei reservas imediatos em suas posições).
O restante – Rafael Moura, Alberto, Rafael Miranda, Antonio Carlos… – vai ter que mostrar serviço para entrar neste onze titular do Atlético!