O futebol e a irracionalidade
O futebol:
O clássico de número 304 na história dos atletibas mostrou aos 20.264 presentes, um jogo de marcação, de muita aplicação tática defensiva e de pouca criatividade ofensiva de ambas as equipes. Para um jogo da tradição de um atletiba, se apresentou bastante fraco, retrato perfeito do momento em que vivem as duas equipes no nacional. O Atlético se postou exclusivamente focado em não tomar gols dos verdes diante da sua torcida, pois, em clássicos como este, um gol pode desandar todo o trabalho. Diante desse cenário, esquecemos de buscar a vitória. Com isso, levamos um empate sem sal nem açúcar. Essa postura voltada especificamente na destruição de jogadas contagiou todo o time, que em grande parte do jogo marcou com muita aplicação e vontade é verdade, mas que impediu a criação de jogadas.
Toda essa marcação somada a ineficiência do nosso meio criador (Baier e Marcinho) que não se entendem, embora dotados da inteligência na criação como poucos, ficam batendo cabeça no meio, e desperdiçando ataques que poderiam resultar em gols, fez com que a marcação aos poucos passasse a ser superada pela habilidade dos Paraíbas, que não se ausentaram da partida, chegando ao ponto de não tomarmos um gol por um carrinho milagroso do Rhodolfo (que eu tanto critico), e por uma substituição estratégica que o nosso treinador realizou, retomando o controle imediatamente do meio campo.
Novamente utilizamos em parte do jogo, os chutões pra frente (não pode-se chamar de lançamentos) buscando Rafael Moura. É bem verdade que este ganha todas de cabeça. Mas vamos tentar lembrar quantas vezes essa jogada resultou em gol? Passei a entender que basta o Rafael Moura estar em campo para que o time comece a lançar bolas da zaga diretamente pro He-Man, e não sei por que, mas somente quando ele joga o time se comporta de tal forma. Diante deste fato, lanço aqui uma ideia: Rafael Moura pro Japão imediatamente! Vamos encher o bolso do atacante de dinheiro, vamos trazer algum pro Atlético e vamos deixar de usar essa maldita bicuda da zaga pro ataque, e todos sairão ganhando.
A irracionalidade:
Fora dos gramados a velha anarquia tomou conta das duas torcidas. O que falar sobre isso? Cada um tem uma cabeça, cada um sabe o que é melhor pra si. Eu aprendi alguma coisa com meus pais, e jamais colocaria em risco minha integridade ou a minha liberdade e de tantos outros a troco de nada. Esses loucos que se preparam pra guerra quando deveriam se preparar para um jogo de futebol têm alguma motivação pra isso? Alguém os incentiva? Eu não entendo. Definitivamente tem algo errado.