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31 jul 2009 - 20h19

Quero meu Furacão de volta!

Já me perguntaram quais os motivos que me levaram a deixar a direção de Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa do Clube Atlético Paranaense. Respondi por várias e várias vezes. Aqui mesmo. Fui criticada ao falar da incompetência daqueles que estavam nas coordenações das mais diversas áreas…

No entanto, nas últimas rodadas da primeira fase do Campeonato Brasileiro, vejo comprovadas todas as minhas previsões desde o final do ano passado. Preferia que estivesse enganada, que a diretoria me surpreendesse, que os coordenadores usassem de sabedoria para melhorar área por área, para cumprir promessas, para fortalecer a marca Atlético Paranaense, para mostrar que somos o que somos: grandes!

Não, não posso concordar que sejamos nanicos. Nenhum clube pequeno sai da segunda divisão em 1995 para não mais voltar! Estamos em 2009. Para os da geração Arena, o relato do ano de 1994 – último da crise de inanição do Clube Atlético Paranaense: tínhamos uma camisa sem peso, uma marca copiada da marca Flamengo, uma Baixada amada – porém pequena, rifas para se conseguir bola ou camisas oficiais para os próprios jogadores, treinos sendo feitos em pracinhas públicas por falta de um Centro de Treinamento, corrupção em todas as áreas e um histórico de derrotas dentro e fora de campo…

Dois anos depois da virada de mesa, tínhamos um Atlético forte, brigando para fazer parte do Clube dos 13, com um local para treinar e com um projeto de Arena audacioso. Não tínhamos verba, como não temos hoje, mas tínhamos a vontade no peito de sermos os MELHORES DAS AMÉRICAS.

E fomos criticados por isso. Tivemos perseguições fora de campo, com a Rede Globo denunciando cartolas e querendo tirar de nós um dos grandes idealizadores do que somos hoje – Mario Celso Petraglia. E desculpem-me, esta não é uma Ode ao Petraglia, com quem tenho profundas divergências de pensamentos e posturas profissionais. Este é um relato. Esta é a visão de quem viveu profundamente cada um dos anos em que nosso Atlético atravessou…

A imprensa, essa mesma canalha de hoje que estamos alisando como se fosse a principal fonte de marketing de um Clube, tentou se desfazer do nosso Atlético. Manipulou informações, deu margem para especulações, fez com que alianças fossem rompidas. Mas perdeu.

O Atlético Paranaense cresceu, conseguiu recursos televisivos mais volumosos por sua negativa constante de ceder seus direitos a preço de segunda divisão. Não éramos mais time de segunda. Acreditávamos que éramos grandes. E éramos respeitados por isso.

A velha Baixada se tornou um imenso Caldeirão, onde as mágoas puderam ser afogadas com títulos, com vitórias, com equipes avassaladoras, com craques no gol, no ataque, no meio-campo e na defesa. Tínhamos orgulho de vestirmos o manto rubro-negro, de vermos nossos meninos se tornando craques e vestindo também o mesmo manto com orgulho…

Vencemos o Brasileiro de 2001, poderíamos ter vencido outros. Tínhamos time. Conquistamos um vice-campeonato e se não fosse a perseguição da mídia, teríamos vencido a Libertadores da América. Tínhamos com quem brigar e brigávamos. Tínhamos como reclamar e reclamávamos. Tínhamos uma estrutura invejável e acreditávamos.

Mesmo quando no ano passado tudo parecia perdido, tínhamos liderança dentro e fora de campo. Ainda acreditávamos que poderíamos ser (e éramos) grandes. Brigamos com as televisões e conquistamos o direito de ver os jogos na TV Furacão, de ouvir de Curitiba ao Japão as transmissões da Rádio Furacão. Viabilizamos um futuro que parece próximo de cobrança de transmissões sejam elas de rádio ou de televisão. Fortalecemos o site Oficial, voltamos a ter nome e sobrenome (ao trocarmos o caparanaense pelo eterno atleticoparanaense) e ainda éramos vistos como um time grande.

Trabalhamos e tivemos o Clube reconhecido como o ideal para receber os jogos da Copa do Mundo. Planejamos e colocamos nas mãos da FIFA um projeto audacioso e cobiçado por todos. E agora o projeto da Copa ganha uma apimentada ao descobrirmos que os próprios dirigentes não a vislumbram como importante, como estratégica, como fundamental para o desenvolvimento do nosso Atlético – o Atlético dos Paranaenses.

E como se não bastasse, vemos que a mesma administração trata os patrocínios como se fossem feira de arraial. A revista bimensal não sai, os patrocínios desaparecem e o Atlético Paranaense não consegue forças para trazer um Leão para comandar o Clube. Perdemos o prestígio, perdemos a força, perdemos as ambições, voltamos a ser nanicos e acreditamos em milagres trazendo ex-jogadores machucados para comandar o baile dentro e fora de campo.

Quem disse aos planejadores que o Predador era a solução? Foram os líderes de organizadas? Foram os amigos dos empresários? Foram os empresários? E onde estava meu amigo amado Edilson Thiele que não vetou essa contratação ao perceber que poderíamos ter prejuízos, como no ano passado tivemos…

E os meninos Raul, Patrick, Manoel e tantos outros vestem a camisa com o medo de quem nunca perdeu e que começa a perder sem parar. De outro lado, nenhum psicólogo, nenhum amigo do peito, nenhum motivador para abraçá-los e fazer com que se sintam os mesmos vencedores da equipe Juniores. Eles sairão do Atlético para brilhar aonde? Perderemos brilhos que poderiam ser nossos, constantes brilhos…

E os criadores de caso são mantidos no time e precisa uma derrota seqüencial para que acordem e percebam que eles criam caso. Faziam a tanto tempo! Faziam o tempo todo!…

E eu me pergunto é o Apocalipse? Não, não é.

Neste momento o que precisamos é da união de todos para conseguirmos levantar o time num grande coro celestial. Como os anjos, quero me tornar uma motivadora do lado de fora para o grupo que precisa de vergonha na cara, sim, mas que precisa de união!

É o momento de esquecermos as mágoas, de darmos as mãos e de fazermos nossos atletas vermos que somos grandes, porque temos uma grande torcida, um lindo estádio e as cores mais lindas do Mundo!

Somos grandes porque deixamos a inanição lá em 1995 e estamos marchando juntos, todos, em prol de mais um ano de fuga do Rebaixamento.

Vamos sair dessa situação todos juntos, unidos! E depois, só depois, vamos rever a podridão que não tem deixado os poros dos jogadores respirarem, que está fazendo a torcida deixar de ser quente o tempo inteiro, que está minguando o Caldeirão, que está acabando com o hino mais lindo da história do futebol Mundial…

Não… nós atleticanos não deixaremos nosso Clube morrer!

E se algum dirigente quer se somar com a gente nesse espírito de União, que o venha! Temos que levantar agora a equipe rubro-negra e não mais deixar cair a peteca da vitória que pode estar em nossas mãos!

Não aceitamos o espírito derrotista!

Não aceitamos as entrevistas derrotistas!

Não aceitamos uma diretoria frouxa!

Todos nós – torcedores, sócios, atleticanos, dirigentes, simpatizantes – podemos fazer, nessa hora, a União que precisamos pelo Atlético dos Paranaenses!



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