A síntese da vitória foi a fantástica defesa, à la Gordon Banks, do Galatto no finzinho do jogo. Não, o Atlético não foi brilhante, mas foi galáttico sim. E foi justo esse T a mais que fez a diferença hoje.

Chamei o Galatto de cagão na coluna anterior. Chamei porque ele foi cagão mesmo. Mas hoje o rapaz parece que entrou no espírito da coisa. Teve, ele e todo time, tesão de jogar bola. O T que faltava esteve em campo de novo. E por isso fomos galátticos, algo assim meio atrapalhados, mas corajosos.

As análises técnica e tática do time eu deixo pro delegado, que manja do negócio. Inegável é que hoje teve vontade, teve uma postura mais digna, mais de acordo com a tradição deste clube e com o fanatismo desta torcida.

Começo a acreditar que é possível, sim. Mesmo sem a pegada ‘sanguinolenta’ do Claiton, parece que a rapaziada ligou a chave de novo. O delegado, por sua vez, sabe que agora é pegar firme em cima de quem ficou aí pra que todo jogo tenha, além de um esquema bem encaixado, a vontade que foi demonstrada hoje. Aí já é meio caminho.

Quanto às ‘maçãs podres’ do elenco, parece que a diretoria deu, no mínimo, sorte. Prefiro esperar alguns jogos pra entender melhor o entrosamento. O fato é que, dos desligados, nenhum fez falta hoje.

Agora é Cruzeiro, Mineirão, pedreira monumental. E não poderia haver melhor teste nesse momento. Espero uma vitória magra, sofrida, galáttica como foi hoje. Uma vitória que dê confiança pro time e pra nós, tão exaustos do nariz vermelho e preto.