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5 ago 2009 - 18h46

O cheiro do ralo

“Os incomodados que se retirem”: a sabedoria popularesca, fazendo valer mais um de seus eternos e conclusivos ditados. Porém, mais do que isto, a “saída” do treinador dos juniores do CAP não se resume ao simples fato. É preciso dar uma olhada atrás do vaso. Melhor, sair da casinha e checar atrás do pinico, em cima do ralo, que fica lá dentro da latrina, na frente daquela igreja, da tradicional novena, no bairro abaixo do Bairro Alto, pulando Social Garden.

Pelo começo, lembrar que os relacionamentos intergestores de CAP e CFC são fundados na “co-irmandade”, imbuídos de um fraterno “sentimento”. Isto foi agraciado publicamente. Sob este prisma, nada a questionar, por ser coisa da natureza parental, apenas ocorrendo uma transferência de um lugar para outro, não obstante as cruciais e ululantes diferenças entre estes dois “lugares”, que neste caso foram anuladas.

Portanto, que o patriarca da hora do lado de cá não reclame a evasão de seu jovem interno para a agremiação que ele mesmo qualifica como “consangüínea”. A propósito, deve igualmente calar-se o sujeito acima quando, após nova saraivada de impropérios amadorísticos à boca dos microfones, ratificando sua incapacidade administrativa desta vez no tangente à Copa 2014, em razão de sua retórica sofista deixar emergir das profundezas do grande urinol a sua “parentalha”, ansiosa e excitada sobre a chance para o impossível, hipótese especulativa deixada no ar pela ingenuidade daquele presidente-lamento, lembrando Hardy, a triste hiena companheira do leão Lippy de Hanna&Barbera.

Crise econômica mundial, desemprego, violência, escassez energética, caos do lixo, desequilíbrio ambiental, pandemias, miséria humana. Isso tudo acontecendo e os caras querem gastar o que não têm. Desenharam o Pinicão, Prefeitura proibiu. Agora os cientistas verde-uréia querem inventar, o ressurgido das cinzas, tipo Hellraiser da bola, ou seja, o Pinheirão renascido do inferno. Ricardo mentiu, pois agora admite que invocará o dinheiro público, sine qua non. Fedeu na Cartolagem.

Enquanto eles “justificam” a necessidade de bilhões, o povo come na base de trocados. Mora de aluguel, trabalha na informalidade, quando estuda o faz precariamente, levando a sobrevida nos seus corpos insanos em mentes infelizes. Falo do povo do lado de fora do estádio, o povo “público”, a maioria, da qual grande parte também é Atleticana. Todos sob o discurso da Copa. Que esconde os interesses escusos, da oligarquia blatteriana, teixeiral, fifóide. Mas, finalmente, pelo jeito as fezes dos cavalos do Jockey poderão ter a vizinha companhia da urina no “Novo Pinheirão”.

Deixe estar, porque hoje trata-se aqui de um outro mal, a evasão escolar. Pupilo abandona o CT Maravilha e despenca no ct do Atuba, em nome de um “projeto novo, que ele queria ir à luta, desafiar na vida”. Louvável seu crescimento, em novo tempo de centenário de coisas velhas. Mas há algo atrás do Pinico.

Escrevam o que vou dizer. Quando o Lair Ribeiro das Laranjeiras (o Renê Auto-ajuda) estiver no último suspiro privada adentro, só com a ponta do bigode para fora da linha “d’água” da patente – o que não tardará – adivinhem quem assumirá o time profissional daquelas bandas?

-“É claro! Será Marquinhos Santos!” – concluiu o mais ingênuo dos atleticanos.

Aí está o seu “projeto novo”, a “luta”, o “desafio na sua vida”. A toda hora. Distantes da realidade nacional, estes mercenários da bola exigem o impossível para renovação dos seus contratos. Feito Pierre do Palmeiras, um ‘cracaço de bola’, o insubstituível que merecia ‘justamente’ um considerável aumento de salário para renovar, caso contrário… vazam, para onde quer que seja, para onde estiver virado o bigolin, sem importar cor, identificação, credo, doença ou virtude. Assertiva que se confirma pelo cheiro ruim no ar. A gente não vê, mas sabe que vem de lá. Lá onde é muito difícil tapar o odor, Selton Mello que o diga.

Parece que o saneamento básico que está sendo realizado no Atlético está surtindo efeitos concretos, visíveis, reais. Porque de esgoto o diretor do departamento de futebol entende, haja vista de onde veio, o ribeirinho urbano do começo da rua. Que continue assim, tendo então apoio, contanto que não permita a re-infecção do ambiente, isto é, SUSTENTE suas medidas. Como exceção à regra, deveriam rever a situação de Alberto, único laranja no balaio da vergonha.

O ideal seria realizar um CENSO dentro do Cube Atlético Paranaense. Comprovar oficialmente quem torce para quem. Desde o porteiro do CT até o presidente. Óbvio que passando pelos jogadores. Muitos deles não desejam a prosperidade da instituição para qual trabalham, contribuindo sorrateiramente para o contrário. Pós resultado, S-E-P-A-R-E!

Porque hoje em dia já não há mais identificação com os Clubes. Qualquer um pode trabalhar onde for. Não há mais critério nem princípios ou necessidade de currículos para contratações, basta se apresentar, desde que esquematizado. Até o serviço militar é mais “criterioso” do que isto. Pudera, a empresa é “privada”.
Então a “grande família” Mallucelli /Santos vai a cada semana consolidando seu imaginário de relacionamento, em nome da ‘união que traz a força’. Irmão mais novo, Marcos apanhou feio na decisão da Libertadores 2005, pois os mais velhos negaram o empréstimo de seu campinho para a 1ª partida. Agora tomará de novo na cara, em função da Copa.

Mas como tudo está “em família”, tudo é e será perdoado. Domingo que vem tem almoço na casa da nona, macarronada com Posta. Depois vão à varanda arrotar e combinar as próximas negociatas. Tudo na mais tranqüila atmosfera flatulente. E pau na cabeça do piá pançudo, ou soco na pança do piá cabeçudo, tanto faz: a ordem dos fatores não altera a (in)consciência.

Marquinhos, Juarez… Marcos, Sérgio e Joel: linda, próspera e dominical família que comanda as diretrizes do futebol paranaense do século XXI, dando sentido e direção a este esporte, sentido capitalista e direção funesta. Família que precisa reforçar os laços com a Família Folha. Se não nós, os verdadeiros patinhos da estória ficaremos órfãos, em virtude desta gente que, destituída de princípios, faz do popular Futebol um meio/instrumento particular para chegar aos fins evidentemente privados.

Na floresta, Lippy fala para Hardy:

-“Ei Hardy! Estou morrendo de fome! Faça alguma coisa!”

-“Ó vida, ó céus… acho que a Copa já era…”

Qual será o próximo episódio de “Lippy and Hardy Har Har”? Esperem na frente da TV. Ou do micro. Nos jornais. Pode ser até no campo de futebol.

Ou em qualquer lugar que haja novamente o CHEIRO DO RALO no ar. Coloquem suas máscaras, e identifiquem a origem do mal. Dos Mallucelli, dos Santos e de quem mais estiver no poder. Pois poder e sentimento são coisas imensuráveis. É o que eles deixam no ar.



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