Saudades do verdadeiro Caldeirão
Nação rubro-negra…
Estou aqui nessa madrugada de domingo pensando comigo mesmo: como pode? Laranjas podres? Como pode? Só laranjas ou laranjas podres? Como pode?
Nunca imaginei sentir falta do delegado, apesar do delegado ser um os técnicos com mais sucesso na história do furacão, essa mística que o envolve nos torna mais fortes e confiantes… Chego à conclusão de que para nós torcedores e profissionais do clube, falta a figura de um paizão, ou seja lá o que for, alguém que encare os problemas, a imprensa, as picuinhas internas e por que não dizer o medo, medo de errar, medo de perder, medo de cair…
Falando em confiança, isso me lembra um grito da torcida atleticana: Não é brincadeira, o Caldeirão está virando geladeira. Se recordarmos a campanha de 2001, veremos que nós não tínhamos receio de encarar nenhum time da série A, de nenhum lugar do mundo, podíamos não ser tão fortes, mas éramos confiantes (torcida e time), aquele time que entrava em campo absorvia a intensa paixão que vinha das arquibancadas e a transformava na raça que todos gostariam de ver.
Infelizmente a cada ano que passa a torcida atleticana está cada vez mais abaixo da expectativa, não existe mais aquele tesão que havia logo após a inauguração da Arena, isto é totalmente compreensível porém não é aceitável.
Não estou cobrando nada de ninguém, pois também estou neste declínio como torcedor, lembro-me das primeiras partidas da Arena e como gritávamos como loucos apaixonados e hoje vou à Baixada e me sinto um visitante ao invés de me sentir em casa. Houve um tempo que eu achava que pelo preço dos ingressos, só havia no estádio aqueles torcedores da ‘moda’, ou seja, aqueles que não encararam segunda divisão, Pinheirão, etc…
Mas hoje, com a Baixaba repleta de sócios, essa teoria não se encaixa mais, então me pergunto: o que acontece?