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20 ago 2009 - 12h57

Segundo turno

As quatro vitórias consecutivas do CAP devem ser analisadas friamente.

A primeira questão a responder é: de quem o CAP ganhou?

Pois bem, às respostas.

Fluminense. Certamente um dos piores times do C. Brasileiro e sério candidato ao rebaixamento. Jogo atípico, pois o campo parecia uma piscina.

Cruzeiro. Remendado e ainda abatido pela derrota na final da Copa Libertadores. O único jogador do Cruzeiro com capacidade para desequilibrar que entrou em campo foi Kléber (que foi expulso). Os demais, já haviam sido vendidos, ou estavam fora por contusão ou cartão.

Botafogo. Outro sério candidato ao rebaixamento, ao lado do Fluminense. E o CAP sofreu pressão o jogo todo. ‘Achou’ um gol. Impedido, anote-se.

Grêmio Barueri. Perdeu o técnico na semana do jogo. E não contou com os dois principais jogadores.

Quer gostem, quer não gostem, esses foram os adversários derrotados pelo CAP. Afora o Grêmio Barueri, os outros três adversários estão entre os seis mais mal colocados do C. Brasileiro.

A boa equipe do Vitória foi, depois de quatro jogos, o primeiro adversário com alguma qualidade, que o CAP enfrentou. Resultado: mais uma derrota na bagagem.

Não há dúvida que o time melhorou. Antonio Lopes transformou um amontoado de jogadores num time. Já se pode até dizer que o CAP apresenta um padrão de jogo.

Mas ainda é pouco para quem precisa fugir do risco do rebaixamento. De se lembrar que, para tanto, faltam 21 pontos. Em conta rápida, sete vitórias.

É hora de a diretoria fazer o que ainda não fez durante toda a gestão. É hora de trabalhar pelo CAP e conseguir para Antonio Lopes jogadores capazes de obter tais sete vitórias.

Precisa-se, no mínimo, de um bom zagueiro, que saiba orientar os mais novos a marcar fora da área, para diminuir a pressão sobre o goleiro. E também para que se possa contar com Nei na lateral direita, o que representa mais qualidade, mais velocidade e uma grande opção ofensiva. Conto os dias para ver Nei n’uma lateral e Márcio Azevedo em outra.

Precisa-se desesperadamente de um (preferentemente dois) volante que saiba sair jogando, para desafogar Marcinho e Paulo Baier. Caso contrário, qualquer adversário consegue anular o CAP, bastando marcar esses dois jogadores.

E precisa-se de um atacante para jogar com Alex Mineiro. Alguém que saiba sair da área, tabelar com os meias e com os laterais.

Por último, deixo um recado. Se o CAP marcar em linha dentro da área, e abdicar de jogar, como fez ontem o Fluminense, o São Paulo fará a festa no Joaquim Américo.

Domingo é dia de estádio lotado e é dia de ver os jogadores voando em campo, nem que terminem o jogo com cãibras e dores musculares.



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