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2 set 2009 - 14h12

Esqueceram de mim (lamentações de um sócio não-residente)

Olá caros atleticanos, meus companheiros de tantas lutas e batalhas, alegrias e tristezas.

Aliás, vou falar um pouco sobre a tristeza que senti quando tive que iniciar uma nova etapa da minha vida em dezembro de 2005, quando, por motivos profissionais, me mudei para Porto Alegre. Tristeza porque sabia que sentiria muita falta da minha família, dos meus amigos e de um amigo em especial: o Atlético.

A hospitalidade gaúcha e a qualidade de vida da capital sul-rio-grandense amenizaram bastante a falta dos meus pais e avós, fiz novas amizades, montei uma banda de rock, consolidei minha posição no meu trabalho, enfim toquei a vida para frente. Mas a saudade daquele amigo — que mora na Rua Buenos Aires — teima em não passar.

Todo não-gaúcho que um dia já morou na terra do chimarrão e do churrasco um dia já teve que se deparar com a pergunta: e aqui no Rio Grande tchê, tu é mais pro lado dos vermelhos ou mais pra banda dos azuis? Eu sempre respeitosamente respondi: caro gaudério, time do coração é um só! Eu sou 100% Furacão, Rubro-Negro da Baixada, sou da Caveira. Sempre fui muito respeitado por isso, e angariei a simpatia de muitos colorados e gremistas para com o nosso Furacão, muitos deles já visitaram a Baixada.

Fiquei muito feliz quando a diretoria atleticana — após anos sem perceber que se um produto não sai da prateleira a culpa não é do consumidor — resolveu melhorar os planos de associação ao clube. Fiquei mais feliz ainda, porque eu poderia contribuir com o Atlético, mesmo estando a 722 km de distância, através da modalidade de Sócio Não-Residente. Com satisfação eu realizei a minha associação, sou o Sócio Furacão nº. 034488, meu lugar na Baixada é no setor Madre Maria Superior, fila A, cadeira 348. Paguei todas as mensalidades rigorosa e religiosamente em dia.

E hoje, ao segundo dia do mês de setembro de 2009, às dez horas e trinta e três minutos, quando verifiquei a minha conta de e-mails, eu percebi que o meu amigo, meu Furacão, meu time de futebol, simplesmente, SE ESQUECEU DE MIM.

A Diretoria IGNOROU os sócios não-residentes, não nos valorizou por carregarmos a bandeira rubro-negra aonde quer que estejamos. SEQUER FOMOS MENCIONADOS NO E-MAIL SOBRE O REAJUSTE DAS MENSALIDADES. Subitamente percebemos que hoje — uma vez que o clube tem mais de 20 mil associados — não somos mais importantes para o Atlético.

Aquele e-mail parece me dizer o seguinte: “Prezado Sócio Não-Residente, você era muito importante para o Atlético quanto do clube possuía 5 mil associados. Entendemos que você acreditou Atlético, mas precisamos de alguém que contribua com R$ 70,00 mensais, valor que representa 180% a mais do que os R$ 25,00 que você vem contribuindo. O plano de associação foi um sucesso, temos até fila de espera. Esperamos que você entenda.”

Aprendi na minha vida que as amizades vêm e vão. O que fica é a família, o caráter, as coisas boas que você buscou fazer e as lembranças da amizade.

Fiquei triste hoje, senti uma profunda tristeza neste dia chuvoso em Porto Alegre, porque um amigo esqueceu-se de mim.

Um abraço a todos os verdadeiros atleticanos, amigos fiéis, irmãos camaradas, que nunca esquecerão que a camisa Rubro-Negra só se veste por AMOR!



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