Hoje, após a eliminação (novamente) numa primeira fase, estava eu a tomar um cafezinho com outros camaradas atleticanos, as conversas de sempre, que sem Paulo Baier o time não joga, que é uma pena estarmos fora de outra competição, que devemos agora pensar no Sport e fugir de vez do risco de rebaixamento, etc…

Até aí nada demais, trivial.

Mas foi justamente nesse momento que caiu ficha, percebi que não estou indignado, e que nenhum de meus colegas está, percebi que nos acostumamos ao papel de figurantes, percebi que gostamos de ver nosso time ser citado numa novela, ser elogiado por um Juca Kfouri, porque isso é o máximo que podemos aspirar, ainda somos chamados de ‘surpresa do Brasileirão’ quando vencemos mais de três jogos, e todo ano estamos resignados por ‘pelo menos pegarmos uma Sul-Americana’ da qual seremos novamente eliminados, assim como na Copa do Brasil.

O Atlético, que já foi por um breve período o queridinho da mídia, a ‘nova força’ do futebol brasileiro, está contente em apenas não ficar no escalafobético ciclo de cair e retornar da segunda divisão.

Para onde vai nosso futuro? Não sei, mas sei que no presente devemos tirar as vendas, olhar com objetividade e entender que somos apenas figurantes…

E quem sabe com um choque de realidade, num futuro não tão distante estejamos entre as estrelas principais.