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23 out 2009 - 22h41

Clássicos inesquecíveis

Semana de ATLEtiba é semana de ATLEtiba.

E a mística do clássico diz que aquele que (aparentemente) está mais em baixa que o outro acaba sobressaindo-se no duelo.

Então todo cuidado é pouco.

Mas em uma semana tão especial como esta, impossível não se lembrar de alguns saudosos clássicos, que bem poderiam dar o tom ao próximo jogo também entre a dupla.

Quem não gostaria de ver um embate como aquele de abril de 1997, no Pinheirão, onde o rival, com Alex & cia, após estar vencendo por 2 x 0, tomou uma virada de cinco gols? 5 x 2, com direito a olé e gol do saudoso Nowak, com quase todas as jogadas partindo da direita, com o Luizinho Neto?

Ou então aquele, no nosso salão de festas, em outubro do mesmo ano, onde a papagaiada – inclusive os jogadores deles – ficou a semana inteira cantando vitória, afirmando que iria jogar a pá de cal sobre nós – pois corríamos risco de rebaixamento, após a perda de cinco pontos decretada pelo STJD – mas, no fim, demos um baile neles dentro de sua própria casa!

Que isso sirva de lição, minha gente… não se ganha jogo de véspera, muito menos clássico!

Ou então, avançando um ano, mais precisamente em 1998, aquelas finais do Estadual, com um 4 x 1 carimbado bem no traseiro da coxarada, com o primeiro e legítimo “cala-boca” do futebol paranaense, do meio-campo-bad-boy Nélio?

Um ano além, 1999, com a velha Baixada já em reforma, um acordo de cavalheiros entre dirigentes dos dois clubes possibilitou que os jogos de ida e volta da Copa Sul-Minas fossem realizados no Couto e, para não perder o costume, mandamos um cartão de visitas de 3 x 0 já no primeiro jogo!

Após a partida, o técnico deles, em uma tentativa de levantar o moral do time do alto de nossas glórias, afirmou categoricamente que um raio não caía duas vezes no mesmo lugar, mas, contra todas as leis de Benjamin Franklin e do próprio falastrão alviverde, no domingo seguinte mais três raios lançados pelo “gigante” Adriano Gabiru fumegaram o traseiro dos ervilhas. 3 x 1.

Naquele ano ainda, pelo mata-mata da Seletiva da Libertadores, um espírito de vingança tomou conta do lado verde (e sempre menor) da cidade, onde eles finalmente dariam o troco após tantas sapecadas em anos consecutivos. Mas, para tristeza deles, o Furacão ganhou de 4 x 1, com direito até a gol de Cocito.

No jogo de volta, é bem verdade que eles ganharam na Baixada por 2 x 1, “inaugurando” a mesma… ainda que eles tenham sido eliminados, nós tenhamos terminado campeões e o jogo de ida tenha sido 4 x 1 para nós, eles se vangloriam disso… vá entender.

Aliás, a coxarada é mesmo meio esquisita. Ganham títulos perdendo clássicos e quando ganham clássicos não levam o título, como neste ano.

Ah…. e tem também aquele personagem de Nelson Rodrigues, o “Sobrenatural de Almeida”… em quantos ATLEtibas ele já apareceu? Na final do ano passado? Ou teria sido na última final disputada no Couto, na qual levantamos o caneco, naquela cabeçada do Berg?

Que este próximo duelo seja também inesquecível para nós! Força, Rubro-Negro!



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