Crônica de uma morte anunciada
É chover no molhado dizer que o time é sofrível, que a falta de qualidade é incontestável, mas agora isso é ampliado pela falta de vontade e de confiança dos atletas. Aí reside o perigo.
Enquanto vemos Náutico, Santo André, Botafogo e Fluminense dando o sangue para escapar da degola, assistimos ao Atlético fazer mais uma partida descompromissada, sem vontade, só cumprindo tabela, como se a permanência na série A estivesse garantida. Isto é que me preocupa.
O que aconteceu com aquele time pegador das primeiras partidas do Lopes e das soberbas atuações contra Palmeiras e Corinthians?
A apresentação contra o Avaí foi revoltante. Além de jogar muito mal, especialmente o Paulo Baier (culpado inconteste pelo primeiro gol), Wesley (inexplicável apatia) e o Ronaldo (um autentico cabeça de bagre), o Delegado tentou mudar o jogo trocando jogadores, mas a substituição do Marcinho (pouco inspirado) pelo aposentado Alex Mineiro foi incompreensível. O Alex, com todo o respeito pelo seu passado, já era. Nao produz nada para o time.
Agora são 5 pontos que nos separam do cadafalso. Há uma semana eram 10. Muito pouco para entrarmos na guilhotina. E jogando este futebol medíocre e sem brios começo a sentir a corda no pescoço.
Enquanto os resultados dos últimos jogos dos nossos rivais vai levantando a auto-confiança dos jogadores na reta final, o Atlético parece mergulhar em uma depressao infindável.
Quero estar errado. Quero acreditar que o time vai reagir, sonho que os gols vão sair, mas a análise lógica é mais forte que minha paixão de torcedor cego. Estamos à beira do precipício. Cinco pontos são dois jogos e faltam cinco.
Acaba logo, campeonato, acaba logo.