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23 nov 2009 - 14h42

O Hulk é que era o cara!

Cena 1

Um filme é engraçado, emocionante, aterrorizador (dependendo do gênero do mesmo) na primeira vez que você assiste. Na segunda, ainda é legalzinho. Na terceira, já vai perdendo a graça, pois você já começa a saber de cor e salteado o roteiro e já começa a dar uma de ‘entendedor’ do assunto, apontando os detalhes das cenas e até mesmo os erros, por mais imperceptíveis que pareçam, você já tem como identificar, ou seja, a coisa já ficou monótona.

Quarta vez, então? Só pra cara bitolado. E confesso que nunca fui bitolado por filmes dramáticos.

Mesmo os grandes sucessos do cinema, aqueles que você comprou o ‘box’ das sequências, como ‘De volta para o futuro’, ‘Rocky’, ‘Jornada nas estrelas’, entre outros, você só vê em ocasiões mais do que especiais.

O meu próximo ‘box’ deve ser a primeira temporada da série de TV ‘O incrível Hulk’, sim, aquela dos anos 70, mas que aqui no Brasil passou em meados dos anos 80 (época em que as coisas de cor verde ainda provocavam alguns sustos nos outros).

Não sei o porquê, mas eu sempre gostei daquela cena final que mostrava o Dr. David Banner pedindo carona na estrada ao som daquela musiquinha típica, mesmo todo mundo sabendo que era assim que o episódio ia acabar.

Mas ali o contexto não era um drama, você queria mesmo era ver o Hulk fazendo o maior estrago, derrotando seus inimigos na base da porrada, escapando das lentes quase inescapáveis do Dr. Jack McGee que buscava revelar sua identidade secreta.

Ora, se depois o Dr. Banner ia embora de uma cidadezinha qualquer do interior dos EUA triste e cabisbaixo, tudo bem, pelo menos ele lutou e fez a sua parte, triunfando sobre o inimigo, isso era o que importava e ponto final.

Cena 2

E lá vamos nós (mais uma vez) brincar com a sorte na reta final do campeonato.

Se serve de consolo, pelo menos o ‘co-irmão’ está nessa também, em uma situação aparentemente mais incômoda do que a nossa. Ou seja, ainda temos uma chance de (mais uma vez) ao menos poder nos alegrarmos com a desgraça alheia.

Sinceramente, em uma situação normal, acho que até não teríamos problemas suficientes em derrotar o frágil time do Botafogo, mas jogar pressionado, contra um time do eixo também brigando pra não cair, sendo que estamos vindo de uma sequência de jogos onde tornou-se rotina levar o revés no final da partida, não sei não…

Ou seja, mais uma vez, vai cair na nossa mão, torcedores, a missão de empurrar o time para a vitória e se livrar de vez do rebaixamento, pois é no ‘gogó’ que fazemos a diferença, não precisamos de fumaça, sinalizador, aqui É E SEMPRE FOI na base do grito mesmo, e nisso nós somos os melhores.

Espero que seja a última e derradeira vez que tenhamos que chegar no final do campeonato com a corda no pescoço e a emoção da briga ser na outra ponta da tabela. A única coisa que vale a pena ver de novo é o final ‘feliz’ da escapada da degola. E só. Os atores mudam, mas o filme é o mesmo?? Chega né?

Cena 3

Voltando ao assunto, eu prefiro ir à video-locadora em janeiro, após voltar da praia todo tostado como bom branquelo que tem problemas com o protetor solar (sempre fico com a marca do óculos de sol), e alugar algum filme com os excelentes Robert de Niro e Al Pacino, ou ainda, com a bela Cate Blanchett.

’50 dias’ de novo? Ah não, ‘tô’ fora.



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