Alberto, um grande atleticano
Esses tempos tive a honra de conhecer dois ex-jogadores do Furacão 49, Cireno Brandalize e Nilo Biazetto. Dois grandes homens, mas além de tudo, dois grandes atleticanos. Logo se vê nos olhos deles e percebe-se nas palavras de ambos que o sangue que corre naquelas veias é rubro-negro. Falavam do Atlético com tamanho carinho, do que o Atlético proporcionou na vida deles. Diziam cheios de emoção que tem muito orgulho de terem feito parte da história do Atlético. E não foi pouco o que esses dois senhores fizeram, a história felizmente os consagrou não apenas como campeões, mas como doutores em futebol pelo Furacão 49.
Desde muito pequena torço pelo Atlético, mas foi em 1996 que comecei a acompanhar de maneira mais intensa o Furacão. Foi naquele ano que passei a ir a praticamente todos os jogos. E justamente naquele ano, veio para o Atlético o lateral direito Alberto. Imediatamente Alberto tornou-se meu grande ídolo no Atlético. A cada cruzada de bola na cabeça de Paulo Rink ou de Oséas a minha condição de fã aumentava. Lembro até hoje do golaço que ele fez no Galo Mineiro, carregando a bola do meio de campo até o gol.
Nosso hino, brilhantemente escrito pelo ex-jogador Zinder Lins, diz que a camisa rubro-negra só se veste por amor. Nós bem sabemos que nos tempos de profissionalismo são poucos que a vestem por amor, Alberto é um deles. Vestiu e honrou a camisa atleticana em campo por muito tempo. E agora junta-se ao time de Cireno e Nilo Biazetto, continuará como eles, torcendo pelo Atlético e dizendo no futuro às próximas gerações que um dia a camisa 2 que já havia sido de Djalma Santos foi dele. Vai contar que um dia matou bola nas costas em pleno Atletiba no Couto Pereira, levando ao delírio a torcida atleticana. Da mesma forma como Cireno contou como fez pra vencer o Atletiba de 1945 por 5×4.
Jogadores tivemos e teremos muitos, mas ídolos são poucos e estes são eternos. O Alberto, meu ídolo no Atlético, faz parte desse time onde há homens da estirpe de Nilo Biazetto e Cireno Brandalize. Um dia quem sabe, as futuras gerações terão de mim a mesma inveja que eu tive daqueles que tiveram o prazer de ver Cireno e Nilo jogar. Eu infelizmente não tive esse prazer, mas vi Alberto jogar (e jogar muito) pelo Furacão.
Obrigada, Alberto, pelo profissionalismo e pelo atleticanismo.