O que acontece?
No começo dessa semana, fui surpreendido pelo meu chefe com a seguinte pergunta:
– Como pode com a estrutura do Atlético, vocês estarem tão apagados no cenário nacional?
Vamos aos fatos:
Da semifinal da Sul-americana 2006 para hoje, ganhamos apenas um campeonato estadual que a meu ver não foi mais do que obrigação por apresentar apenas dois times competitivos, na Copa do Brasil fizemos campanhas ridículas que tenho até receio de lembrar, no Campeonato Brasileiro ficamos famosos pelo nosso ‘Tri-fuga’ aonde conseguimos escapar por três anos consecutivos da degola, levando muita sorte por outros clubes conseguirem ser mais incompetentes do que o Furacão.
Não podemos esquecer das nossas várias trocas de comissão técnica, aonde éramos colocados em um barco a deriva com experiências como Givanildos e Bob’s Fernandes que quase nos levaram para divisão do Coritiba, sem contar as inúmeras contratações equivocadas aonde apenas incharam nosso elenco e não produziram nada.
Não tivemos grandes revelações nos últimos anos, à safra parece que não correspondeu, pelo menos dentro do Atlético, talvez por falta de maturidade ou por serem jogados na fogueira em situações difíceis no time principal.
Ou seja, de nada adianta ter uma estrutura de primeiro mundo se no futebol se comportamos como amadores, tomando decisões como clube pequeno contratando e apostando em supostas revelações. O prestígio de uma equipe não é conhecido apenas pelo estádio, CT e website que possui e sim pela quantidade de estrelas que ostenta em cima do escudo. Não estou desmerecendo nossa estrutura, nem muito menos quero voltar a jogar no Pinheirão, mas saliento que precisamos evoluir e não estagnar no tempo.
Sabemos que a paciência é uma virtude e que não é de uma hora para outra que vamos chegar em uma Libertadores, mas temos que caminhar para esse objetivo, montar uma equipe que possa evoluir dando um passo consciente atrás do outro, sendo que no momento esse passo tem nome: Copa do Brasil.