Pais e filhos
Como eu me esforço para que minha filha de 7 anos e meu guri um pouco mais novo comecem a torcer ou pelo menos simpatizar pelo Furacão. Mas nessa cidade o que não faltam são os cornetas azucrinando na orelha deles para que torçam pra esse ou aquele time, nem tanto do rival local, que anda mal das pernas, mas torcedores dos times do eixo Rio-São Paulo e RS, que vira e mexe estão ganhando títulos nacionais e internacionais. Não aguento mais justificar a mesma coisa sempre: ‘Vejam só meus filhos, a estrutura que o CAP tem’. Minha filha já entende, e pergunta pra mim exatamente o que perguntamos para os dirigentes: “Pai, mas por que eu nunca vi ele ser campeão no Brasil e no mundo?” Pois é filha, mas veja só, temos o estádio e o CT mais moderno e os jogos da Copa do Mundo serão aqui na Arena! “Ummm… então tá bom, pai.” Um ‘então tá bom’ provisório, insatisfeito, no fim de cada torneio nacional, as perguntas se repetem, porque os cornetas voltam a atacar: “O que adianta ter tudo isso, nós temos 5 títulos brasileiros, nós temos 3 Libertadores, 2 mundiais, e assim por diante.
Utilizo todas as minhas armas, camisas, estojos, bonés, estrutura. Mas contra títulos… não há argumentos!
Portanto, gostaria que tudo isso que escutamos a cada início de ano, que a Copa do Brasil é prioridade, que no Brasileiro vamos estar pelo menos entre os 4, passasse da teoria de sempre para prática de nunca. Um time forte de verdade! Assim, pais dormiriam mais felizes e tranquilos em saber que seus filhos seriam com certeza atleticanos!