2 mar 2010 - 16h39

Coronel da PM garante maior vigilância para o clássico

A Polícia Militar promete agir com bastante rigor no monitoramento das torcidas de Atlético e Coritiba neste domingo. Será o primeiro Atletiba depois das lamentáveis cenas de vandalismo protagonizadas pela torcida do Coritiba no estádio Couto Pereira no final do ano passado. Nesta segunda-feira, o SporTV exibiu uma reportagem sobre as vítimas da violência da torcida do Coritiba.

Além do temor de atos similares, a Polícia leva em consideração o histórico de troca de agressões, pancadaria, uso de bombas e rojões, depredação de ônibus e até a morte de um torcedor atleticano após o último clássico Atletiba, realizado em outubro do ano passado.

Por tudo isso, o Atletiba do próximo domingo, marcado para às 19h30 na Arena, terá um esquema policial rigoroso, garante o comandante do Policiamento da Capital (CPC), o coronel Jorge Costa Filho. Roupas e bandeiras alusivas às torcidas organizadas e respectivas facções serão proibidas, bem como instrumentos de baterias. Além disso, a torcida do Coritiba que será escoltada no trecho entre o Couto Pereira e a Arena não poderá estar uniformizada. “Quem criar qualquer problema será encaminhado imediatamente à delegacia por desobediência”, disse o coronel em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

Será o primeiro clássico Atletiba na Arena após a conclusão do setor de arquibancadas Brasílio Itiberê, o que exigirá duas áreas de isolamento entre as torcidas. Apesar de garantir um esquema mais rigoroso do que em clássicos anteriores, o coronel preferiu não adiantar qual será o número efetivo de policiais que irão trabalhar na segurança da partida e no policiamento pós-jogo feito em pontos estratégicos da cidade.

Ainda como decorrência da invasão de campo e ataque aos policiais no estádio do Coritiba em dezembro do ano passado, o coronel alertou que não haverá reunião entre polícia e torcidas organizadas antes do clássico. “Pela falta de postura que houve, não teremos mais esse tipo de procedimento. Torcedores serão tratados como torcedores e os marginais com o rigor da lei. Não queremos nenhum tipo de incidente e contamos com a denúncia da comunidade para reprimirmos os criminosos”, afirmou.

Se por um lado a polícia procura aprimorar seus procedimentos de segurança, por outro está de “mãos atadas” em função da demora na punição dos envolvidos na “batalha campal do Couto Pereira”. Muitos dos acusados ainda não foram condenados e estão em liberdade. “Fizemos a nossa parte. Sem condenação, ainda não são culpados para a Justiça. Fica complicado impedi-los de entrar sem uma ordem judicial. A maioria dos processos está em fase inicial; alguns, nem começaram”, finalizou.



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