Após mais uma semana turbulenta por questões políticas, assunto este que já está enchendo o saco, ou pelo menos o meu saco já encheu (por sorte os maldosos já migraram para o site que destila ódio para todos os lados e tomara que nunca mais voltem a escrever por aqui), pudemos ao menos ver uma boa partida do Atlético ontem em Paranaguá.

É verdade que o time ainda está meio capenga e é bem verdade também que o Paranaense é um laboratório; todavia, um laboratório sem parâmetro, afinal, não temos como adversário um time sequer da elite do futebol, mas que ao menos seja uma “pré-temporada” na qual ao final possamos erguer a taça!

Com relação ao jogo, uma bela surpresa o garoto Héracles, mostrou qualidade, raça, não sentiu o peso da camisa.

Por outro lado, o colombiano Vanegas bateu cabeça na zaga, ele e seu conterrâneo Jorge Serna ainda estão devendo, esperamos que seja falta de ritmo, não dá pra avaliar os caras com uma ou duas partidas apenas e dizer que eles não prestam. Ainda é cedo pra isso.

Em compensação, o outro gringo, o “hermano” Pepe se mostrou um atacante com visão de jogo, participativo e também com boa qualidade no toque de bola. Além dele, o Bruno Mineiro (oportunista e matador) e o Tartá (apesar da besteira que fez ontem) têm correspondido, demonstrando que estamos em uma crescente; talvez ainda longe do ideal, pois para o Brasileiro ainda necessitamos de mais conjunto e de no mínimo mais dois ou três nomes para disputar posição, pois o torneio é longo, teremos baixas na metade do ano, assim como, de praxe, virão contusões, suspensões, além do fato de contarmos com alguns veteranos no elenco – de qualidade, diga-se de passagem – porém, para um campeonato que se estende por quase oito meses, precisamos de, no mínimo, um banco de reservas com peças de reposição à altura.

No próximo domingo, o bom e velho ATLEtiba. Esse jogo pra mim é muito, mas muito mais importante que Brasil x Argentina em Copa do Mundo. Não sou tão velho, acabei de passar dos trinta, mas mesmo assim ainda lembro com muito saudosismo dos velhos clássicos da segunda metade dos anos oitenta e dos anos noventa, latinha na mão saindo do Abranches em direção à baixada, ao Pinheirão ou mesmo ao chiqueiro, bons tempos que não voltam mais…

Voltando aos dias atuais, mesmo com os suínos frequentando mais uma vez o lugar que merecem estar (a segundona), eles vêm com gana pra cima da gente, e geralmente aquele que aparentemente está em situação pior tende a sobressair-se no clássico – a não ser que eles se considerem em situação melhor por serem os atuais líderes do Estadual (risos). Então, todo cuidado é pouco, mas confio no Furacão, jogando com a torcida ao lado vamos com tudo fazer a diferença.

Apesar do começo duvidoso, boto fé neste Atlético, vamos esquecer um pouco os bastidores e nos concentrarmos um pouco mais no futebol. Cobrar sim, mas de forma responsável e principalmente construtiva. Deixemos o ódio para os rancorosos adoradores de ídolos, aqui pra nós o que vale é bola na rede e o coração na mão, afinal, pra gente nunca nada vem fácil.