Chico e Valencia não são volantes
Foi-se o tempo dos volantões da antiga que ficavam a frente da área protegendo a zaga ou os laterais e só.
Exige-se um algo a mais para atletas que executam esta função além dos descritos no parágrafo anterior.
Devem, se forem dois como tivemos ontem, por fundamento básico, terem bom passe. E convenhamos, nem Valência, nem Chico possuem tais predicados.
Há bastante tempo discorro sobre a real utilidade do colombiano na posição de volante, quando, penso, o melhor seria utilizá-lo como um líbero, na proteção a zaga, mas com tarefa específica de desarme e marcação de um determinado jogador adversário – talvez o ponta de lança – que ontem no caso do Atletiba foi o Marcos Aurélio.
Valencia não mais preenche a necessidade do Atlético Paranaense para jogar no meio campo, ao menos da forma como vem sendo – mal – escalado.
De Chico pouco a dizer, apenas que se trata de um esforçado e limitado atleta, lembrando um certo Bruder que jogou no time ali pelos idos de 93/94 e sumiu sem deixar vestígios. Não tem culpa de ser relacionado para vestir a camisa de titular. Quanto mais onde vem sendo escalado.
Só não vê quem não quer o fato de invariavelmente perdermos o meio campo até mesmo contra as pequenas equipes do interior por força deste equívoco conceitual, empilhando o Chico e Valencia sobre os zagueiros e deixando um hiato na zona de criação, que padece apenas com o Alan Bahia e o Netinho.
Não é possível que os ‘cientistas’ que militam no CT do Caju não se apercebam desta deficiência na equipe.
Vamos tomar sufoco do Iraty sábado que vem. Espero não aconteça um desastre para a correção dos rumos de forma tardia e prejudicial ao grupo do Furacão.