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A estreia de Leandro Niehues no time do Atlético não foi bem como a planejada pelo treinador. No forte calor da cidade de Irati, o Atlético perdeu para o Iraty por 1 a 0, com um gol de Silvio, deu adeus a qualquer possibilidade matemática de conquistar o supermando no Estadual e ainda viu a segunda colocação bem ameaçada – com a aproximação do próprio Iraty, que agora está apenas a um ponto atrás do Rubro-Negro na classificação.

O Atlético iniciou o jogo com maior posse de bola, aproveitando a volta do capitão Paulo Baier ao time titular. O primeiro lance de perigo do Furacão aconteceu aos sete minutos. Paulo Baier levantou a bola na área e o argentino Javier “Pepe” Toledo dominou, girou e arrematou com perigo. Aos nove minutos, a maior pressão do Furacão em todo o primeiro tempo. Netinho bateu cinco escanteios seguidos, até que Manoel conseguisse cabecear para fora.

Apesar do bom momento no jogo, o Atlético teve a partida complicada em função da expulsão infantil do centroavante Javier Toledo. Aos 13 minutos, Gilvan fez falta dura no gringo, que não gostou da chegada mais forte e revidou com uma peitada seguida de cabeçada. O árbitro Edivaldo Elias da Silva deu vermelho direto para o jogador rubro-negro pela agressão e advertiu o jogador do Iraty com cartão amarelo pela falta.

Com um homem a mais, o time do interior cresceu no jogo e passou a ter mais posse de bola, porém, não conseguiu transformar o domínio em chances de gol. Aproveitando a parada técnica para que os jogadores tomassem água devido ao forte calor em Irati, o técnico Gilberto Pereira sacou o lateral-esquerda Bugiga e colocou o atacante Artur aos 30 minutos buscando dar maior mobilidade ao seu ataque.

Pressionado em seu campo, o Atlético teve muita dificuldade para sair para o jogo com qualidade. O atacante Bruno Mineiro ficou isolado na frente e apesar de lutar muito, não conseguiu receber nenhuma bola com condições de arremate a gol. Placar fechado no primeiro tempo.

O Atlético voltou para o segundo tempo com Tartá no lugar do amarelado Netinho para imprimir velocidade no contra-ataque. O Rubro-Negro pressionou bastante nos primeiros cinco minutos, porém, sem efeito.

Aos sete minutos o árbitro Edivaldo Elias da Silva cometeu seu primeiro erro grave na partida. Márcio Azevedo fez grande jogada pela esquerda e levou um pontapé por trás de Sílvio. Com dois pesos e duas medidas, o árbitro deu apenas cartão amarelo para o jogador do Iraty, deixando de lado a mesma rigorosidade que teve na expulsão de Javier Toledo no primeiro tempo. Na sequência, mais um erro de Edivaldo. Paulo Baier cobrou a falta com rapidez, mas o árbitro parou o lance e, equivocadamente, aplicou cartão amarelo ao capitão atleticano.

E a diferença de critério na arbitragem acabou beneficiando diretamente o Iraty aos 10 minutos. Ayrton cobrou falta na área e Sílvio, que deveria ter sido expulso minutos antes, abriu o placar para o time da casa. O gol fez o time do Atlético acordar novamente, porém, com um jogador a menos, o time partiu desordenadamente para o ataque, abrindo espaços para o contra-ataque do Iraty.

Buscando adiantar o time e sair da pressão do Iraty, o técnico Leandro Niehues promoveu suas duas últimas alterações aos 30 minutos. Héracles e Serna entraram nos lugares de Deivid, lesionado, e Paulo Baier, cansado.

Aos 34 minutos da etapa final, com 27 minutos de atraso e com um gol no saldo, a justiça no número de jogadores em campo foi feita. Sílvio cometeu nova falta dura, dessa vez em Valencia, e foi expulso pelo árbitro. O Furacão seguiu com maior volume de jogo, mas barrou na falta de criatividade do seu meio de campo. No último lance de perigo, Márcio Azevedo cruzou da esquerda e Bruno Mineiro cabeceou por cima aos 41 minutos.

Com a derrota, o Atlético permanece na segunda colocação com 22 pontos e abandona a briga pelo supermando, que ficou com o Coritiba.

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