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14 mar 2010 - 13h06

Já nem sei mais o que escrever aqui, vai mais um pouco de…

Assistindo o jogo de hoje novamente vimos a falta de qualidade do nosso time. Netinho, Rhodolfo, Chico e cia não podem mais jogar futebol. Pelo menos no nosso querido Atlético. Me perguntei vendo o jogo como é que sujeitos como esses são profissionais da bola. Qualquer um que faça o que eles fazem na sua profissão, é despedido, criticado, advertido. Não é possível que na profissão deles, fazendo o que fazem, nada aconteça. Ao contrário, dá-se a eles oportunidades de falar nos microfones em nome do nosso clube. Ouvimos barbaridades e desculpas esfarrapadas quase sempre.

Chico me larga a seguinte hoje após o jogo: “’Não temos que esquecer esse jogo, mas sim pegá-lo como exemplo de determinação e vontade. Sabemos que aqui não é fácil de jogar, ainda mais com um a menos. Não ficamos atrás e procuramos o gol. Levaremos essa determinação para os próximos jogos’. Não façam isso. O que se viu foi um time desorganizado, cheio de defeitos e falhas e o autor da frase acima talvez tenha sido – essa é minha opinião – o pior em campo. Maioria dos passes errados, chute a gol, quando tentou, isolou.

Não dá mais para não ver que o Atlético parece uma equipe de juniores disputando um campeonato profissional. A “piazada” não sabe o que fazer, tem medo de jogar, ou falta qualidade mesmo. Acho que a última é a que está pegando. Paulo Baier parece sentir-se perdido tamanha falta de parceiros para arrumar a casa. O Manoel está a cada dia mais parecido com o Rodholfo, vai se estragar também. Valência a muito tempo deixou de ser aquele caçador incansável e preciso nos desarmes, quanto aos seus passes, ainda não foram arrumados já que carece trabalhar esse quesito ainda desde que chegou.

Essa de deixar o técnico até o fim do Paranaense é assumir que não se tem interesse pelo time ou pela torcida. Começaremos do zero novamente para o Brasileiro? Vai ter de novo aquele papo que “erramos no planejamento, temos que admitir, mas, agora tudo está sendo feito dentro dos mais avançados e modernos meios dentro do nosso estupendo CT”. Chega treinador novo, aqueles que já conhecemos, e diz: quero o sujeito lá não sei de onde porque esse vai vingar por aqui. Olheiros especialistas indicam mais uns 4 ou 5 nomes e chegam no clube afirmando ser a oportunidade da vida deles e aceitou vir para cá porque o clube tem uma torcida e um CT inigualáveis.

Dói no peito dos verdadeiros atleticanos perceber que tudo se repete ano a ano e que não tarda muito estaremos a colher os frutos da incompetência e do descaso. Somos zombados no meio esportivo dos grandes eixos, sempre fomos, mas outrora eles vinham aqui e tremiam, saíam da arena com goleadas nas costas e shows da torcida que calavam a boca dos jornalistas parciais daquele eixo. Hoje nem temos mais isso. Estamos com a alma desconfiada, já não sabemos o que o futuro nos proporcionará. Aliás, fingimos que não sabemos. Alguma coisa precisa ser feita, iniciativas precisam ser tomadas.

Precisamos protestar, pressionar, gritar nos ouvidos dos que nos desrespeitam e fazê-los tremer de medo. Não é isso que o Estado faz conosco quando a ordem social está ameaçada? Os mais ouriçados, não confundam pressão com violência, não é isso que se deve fazer. Mas não dá mais para ficar calado e ver nosso clube desabar em mentiras e papelões. Precisamos impor respeito, retomar nossa caminhada de vitórias e orgulho, encher nossos filhos de esperanças e concretizações. Saudações de um rubro-negro triste, mas, jamais calado e vendado pelas palavras que tentam justificar o injustificável!



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