Bem, minha história começa no ano de 1996, em uma tarde de domingo. Na época tinha de seis para sete anos, ainda aprendendo os caminhos da vida.

Nesse dia, jogavam no antigo estádio Joaquim Américo Atlético Paranaense e Sport Recife. Meu irmão ouvia o jogo em seu quarto e ele só me deixou entrar depois de muita ‘briga’. Ali prestava muita atenção na transmissão via rádio, mais por diversão do que por seriedade. Por ironia do destino, só houvia gols do Atlético, em um placar histórico de 6 x 2 para o Atlético, isso para 20 mil atleticanos presentes ali,começou uma paixão inexplicável.

Em 1998, o primeiro título que pude acompanhar, ainda pelo rádio, campeão paranaense daquele ano, e o primeiro pôster de minha coleção. Um dos momentos mais inesquecíveis foi a chegada à primeira Libertadores, em 2000. Já em 2001, algo que jamais esquecerei, o título brasileiro que concretizou o vermelho e preto em meu coração e em minha alma. Mas algo faltava. Até então jamais tinha presenciado uma partida do Atlético, no estádio. Isso aconteceu em 2005.

Foi pelas quartas-de-final da Libertadores contra o Santos, o dia que jamais esquecerei, a primeira vez que pisei na Arena da Baixada. Fui brindado com uma vitória heróica de virada, por 3×2. Nesse mesmo ano, o coração se dividiu em alegria e tristeza. Tristeza por ter perdido um título tão significativo, mas feliz por saber que por aqui, em terras paranaenses, só a gente consegue chegar lá. Sem show de luzes, igual alguns fazem por aí e que no fim das contas não adianta nada.

Nos últimos anos não vivemos um bom momento em nosso futebol, mas a paixão continua, a emoção continua e o meu coração continua em duas cores, vermelho e preto.