Jamais me esquecerei de um domingo em especial. Eu e um amigão (João Carlos Lustoza), na época ambos com 12 ou 13 anos, resolvemos ir ao Estádio Joaquim Américo assistir o jogo do Furacão contra o antigo Colorado. Nessa época, o estádio nada tinha do modernismo atual, era acanhado e por vezes assustador. Fizemos a festa de praxe na época com muito pó de arroz (ou farinha sei lá!).

Tínhamos consciência antes de sairmos de casa que um tio nosso, de nome Clóvis Lins, colorado fanático, nos disse que passaríamos a mais profunda vergonha e lhe informamos que voltaríamos na maior festa, e que ele (o tio) seria alvo ne nossas chacotas.

Mas começou o jogo e quase todos sabem. A determinada altura do jogo 4 x 1 pro Colorado, inclusive Levir Culpi fazendo gol em nós, isso aos 30 minutos do segundo tempo. Meu amigo me olhou e disse: “Não acredito! Estamos ferrados, nem sei se vamos voltar pra casa. Mas vamos embora.”

Eu não tinha nada a perder e não acreditava que algo de inimaginável pudesse acontecer, mas falei ao amigo: estamos fud…. Vamos até o fim!

E não é que um tal de ZIQUITA, que até então nada fazia, começou a fazer 4 x 2; 4 x 3 e no fim 4 x 4, e fomos ao delírio e o empate pra nós já era um presente dos céus, afinal, não seríamos motivo de ridículo ao tão chato tio colorado. O empate foi uma vitórioa que jamais esquecemos e, quase ainda ao final, o goleador ainda fez mais um. Nunca esqueci esse jogo, que não valia nada, não nos levaria a lugar algum, mas ficou marcado em nossas mentes como um dos jogos mais inesquecíveis de nossas vidas, ainda mais crianças.

Esta a história de paixão pelo clube que tanto amamos e até hoje continua assim, esse mesmo tio (hoje paranista) continua nos assediando…