Memória fraca ou desejo incontrolável?
Inicio parabenizando aquele que é um dos motivos maiores da minha vida. Parabéns ao nosso Atlético querido!
Acho engraçado ler alguns comentários que aparecem. Frente aos dois jogos da fase final, no primeiro ao meu ver com evolução mas ainda sem aquela vontade desejada pela torcida (até vaias chegaram a aperecer durante o início da partida), e ontem, com muita vontade e raça, mesmo que, como usualmente, aparecendo as nossas fraquezas em lances pontuais.
O sujeito chega e diz que já sabia, que ele via que o time era bom e que os corneteiros estavam errados. Cuidado: lembre do nível técnico do nosso campeonato e da demora que houve para podermos dizer que o time jogou bem (e é jogou bem, por enquanto, não é joga bem!).
Não acredito que escreva por aqui alguém que não goste do Atlético ou que deseje vê-lo mal e não conquistando nada. Inclusive o mar de decepção que tomou conta desse espaço semanas atrás talvez tenha sido a válvula desencadeadora de um processo de reversão no time sonolento que víamos. Se tornara impossível, aquela altura, não mudar nada.
Me pergunto se temos memória fraca, pois a primeira fase que vimos e o Atletiba vergonhoso que fizemos não podem ser esquecidos assim, ou se o desejo de ver o time melhor se encarrega dessa amnésia que tal qual uma montanha russa sobre e desce ora trazendo esquecimento, ora trazendo decepção.
A evolução é notável, a falta de qualidade de alguns jogadores é notável, continuamos a torcer loucamente mas a discordar de posturas arrogantes da diretoria. Breve falarão que tinham razão, que devemos observar como o time é bom e que foi feito o investimento em chuteira (ai meu Deus, de novo!).
Contratações se fazem necessárias já faz tempo, continuam a ser. Vontade de jogar e raça se fazem necessárias faz tempo, continuam a ser. Atleticano sempre sim, iludido por um jogo não. Quero o bem do Atlético, que é também o meu bem, mas, falta muito ainda para a tal liberdade imposta pela metodologia do Leandro nos faça passar por cima dos times da séria A.
Mas, se o caminho parece ser bom, esperamos que os jogadores entendam que jogar com vontade é o mínimo que se espera. Que se amar a camisa já não é possível, ao menos respeito ao torcedor se faça. Vamos seguir melhorando, mas, longe de sermos convencidos com o que se mostrou até agora. Isso ainda é muito pequeno frente ao que podemos realizar ou já não nos lembramos do que fomos e somos capazes de fazer?