Líder de uma nação
Liderança não é algo que se impõe, que se compra. É uma coisa que se conquista. Times com líderes conseguem grandes feitos. Nação com líder pode conquistar muito mais.
Nessa quarta-feira, após a dramática vitória atleticana por 3 a 2 sobre o Operário, o maestro e capitão do time Paulo Baier concedeu uma entrevista-denúncia exemplar. O experiente Baier, ídolo de uma torcida apaixonada e líder de um grupo composto em suas maioria por jovens garotos, mostrou-se líder de uma nação vermelho-e-preta.
O que o capitão Baier falou não é surpresa para ninguém no universo atleticano. A revolta que saía de suas palavras na entrevista é comungada por toda a nação atleticana. O que Baier disse não foi nada de bombástico, de novidade. Apenas despejou ao ouvido de todos o que toda a nação atleticana JÁ SABIA: falou sobre as arbitragens favoráveis ao Coritiba e também dessa vontade louca que os times do interior têm só contra a gente vontade que desaparece nos jogos contra Paraná ou Coxa.
Novidade? Nenhuma! Mas com certeza essas palavras devem doer e trazer uma pseudo-revolta naqueles que tratam o futebol como marionetes a ser guiada conforme suas vontades.
Querem tirar a disputa da bola e levar para os tribunais. Ou alguém engoliu a remarcação do julgamento do Manoel estranhamente na semana do Atletiba?
Querem tirar a disputa da bola e levar para o apito. Ou alguém duvida que o árbitro do Atletiba será Héber Roberto Lopes?
Querem tirar a disputa da bola e fazer o serviço à sua maneira. E, mesmo com 365 dias de atraso, querem dar a taça ao Coritiba, num campeonato feito de forma esdrúxula no ano passado para coroar com o título o alviverde no ano de seu centenário. Só não estava no script que o Atlético ganharia a primeira fase, lutasse nos tribunais pelo supermando e acabasse com a festa programada para eles. 365 dias depois, eles continuam querendo dar a taça para o Coxa.
Liderança se conquista ao fazer um trabalho honesto e sem permitir picaretagem dos outros. Parabéns, Paulo Baier! Ontem você mostrou ser muito mais que um jogador genial, mostrou ter orgulho e dignidade para lutar por um futebol mais limpo.