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9 abr 2010 - 15h41

FPF, a imprensa local e o compadrismo

O compadrismo sempre foi uma das facetas do coronelismo que impregna o Brasil desde a época do período colonialista, quando a sede do Império português ficava em Lisboa.

Nas terras de além-mar ficavam as colônias à sorte do poder local, onde havia a predominância dos cartórios e das câmaras municipais das vilas.

Então o poder local era centralizado e dominado pelas trocas de favores entre os favorecidos e desfavores e o rigor da lei contra os desafetos.

Esta rede local, vileira – na época haviam vilas e poucas vilas recebiam o status de cidade – se perpetutou, passando pelo Brasil Império e dando um jeitinho de sobreviver durante a República.

Sobreviveu ao getulismo, ao regime militar e continua existindo – vejam o caso do cancro coronelista enraigado na bastilha de poder do no nosso ‘centro cívico’.

Contudo, com a evolução dos tempos, a faceta compadrista ganhou retoques de modernidade e hoje possui os meios de comunicação de massa para justificarem a sua existência e ‘desinformar’ o que não interessa aos seus interesses – eis o motivo de se ver apenas ladroenzinhos pés de chinelos em jornalecos e jornaizões que sobrevivem às custas da miséria e da desgraça alheia.

O futebol ganhou dimensões absurdas em nosso país, envolvendo cifras e atraíndo interesse até de investidores estrangeiros – sugiro que busquem no google a tag TRAFFIC.

Então, como dantes, a questão é dinheiro e como manter a torneira pingando.

E não achem que o caraminguá é pouco… e que poucos mamam do leite deitado em suas gamelas.

Assim, esperar que as coisas se resolvam dentro das quatro linhas pelos nossos 11 gladiadores modernos… sem chance!

Existem os opinadores ‘especializados’ em futebol porque vende jornal e dá ‘ibope’ de tv.

Estes opinadores ‘especializados’, por óbvio, para manterem sua gamela com o leitinho se sujeitam às regras do compadrio.

Portanto, o elemento de sustenção do coronel local dono – e sua corte – do feudo ‘futebol paranaense’ – que na calada da noite perpetuou-se até 2014 é essa imprensa ‘cumpradre’.

Alguém leu alguma linha ou ouviu alguma irradiação sobre isto: o presidente da FPF ficará no mandato até 2014?

Bem, vai mal e contiunuará mal…

O serviço esportivo de entretenimento denominado futebol rende dinheiro e custa caro – isto é uma constatação óbvia. É um negócio.

E nós, como vivemos em um país capitalista, ao realizarmos negócios objetivamos LUCRO.

Sendo assim, que a imprensa pague o preço do seu lucro auferido com o futebol, também.

Querem falar sobre futebol para vender jornal, ou para embutir a propaganda comercial em suas transmissões radiofônicas ou para inserir seus brakes comerciais com fim lucrativo… PAGUEM!

Paguem as rádios para entrarem nos estádios; paguem os jornais para divulgarem matérias sobre o futebol; paguem as tvs para ‘comentar’ o futebol.

Como dizia Ozzy Ozbourne, após tomar 15 injeções antirrábica ao redor do umbigo por morder a cabeça de um morcego em uma divulgação do seu novo – hoje muito velho – disco: THIS IS A BUSINESS!

Isso é um negócio…

É isso!



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