Esqueçam o Danilo
Anteontem fiz o programa completo de um atleticano no exílio. Deixei o trabalho mais cedo, passei em casa, botei uma camisa com CAP e me mandei para a Av. Sumaré.
Bati papo com torcedores ‘ à paisana’ e com alguns ‘fanáticos’, torci, me aborreci e voltei pra casa com vontade de ir a Curitiba na quarta que vem.
O espírito do Atlecocô de domingo já não me contagia.
Ontem, sabendo da repercursão Danilo, fiquei triste pela valorização do fato dada pelos atleticanos. O futebol ficou em segundo plano. O assunto racismo eu deixaria com o Ministério Público e bola pra frente, para fugir da síndrome do Coitadinho ou do Vira-lata.
Entretanto, acima de Palmeiras, Danilos e de Copa do Brasil, uma coisa me preocupou: a fúria atleticana está murchando, no campo e na arquibancada. Em campo não há mais o que comentar, mas na arquibancada a questão é grave. Os ‘organizados’, gente simples e amante do clube, olha com muito distanciamento a Classe Média Atleticana, por vê-la arrogante e bun**-mole. Segundo, o que apurei das conversas, existe a torcida atleticana e os consumidores atleticanos,os optantes sem paixão.
É como o aquele bacana que comprou o seu Hyundai 4×4 da moda para exibi-lo.
Como afirmei, estou por fora do disque-disque social do futebol de Curitiba, por isso torço para que a minha opinião esteja errada.