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17 abr 2010 - 18h51

Rubro-negras V

Paulo Baier não foi juvenil. Freud explica.

Perturbado psicologicamente por estar, mais uma vez, diante da torcida e do clube que o repulsa, desde o início do jogo mostrava-se estranho, afoito, nervoso.

Ciente de não ter correspondido às expectativas a aos investimentos depositados quando da sua passagem pelo Palmeiras, o nosso maestro carrega esse fardo toda vez que pisa no campo alvi-verde. E sente-se mal. E sente-se na obrigação de mostrar que é o que lá não foi. E a sua cabeça passa a funcionar mal.

Ele foi, desde antes do início do jogo, xingado em uníssono, por 20 mil pessoas que o acham um lixo. E, pois, não foi uma vaia de provocação invejosa, daquelas que empolgam o jogador. A vaia não foi, como diria Nelson Rodrigues, um ‘afrodisíaco infalível’. Foi, na verdade, uma vaia de ódio e de desprezo, uma vaia que trucidou Paulo Baier durante toda a eternidade daquele seu jogo.

Ora, por mais experiente que seja, tudo isso negativamente influencia. E dói. E muita emoção faz inibir a razão. E Paulo Baier descontrolou-se, perdeu-se, saiu de si. O lance do primeiro cartão amarelo, no escanteio, foi prova disso. E o segundo veio como puro reflexo do seu mal-estar psíquico.

Paulo Baier não foi juvenil. Foi apenas humano, demasiado humano.

***

O treinador do Atlético precisa parar de falar algumas bobagens pseudo-motivacionais.

Dentre tantas, aquela dita em relação ao volante Valencia, quando veio afirmar que ele não pode ficar preso atrás e só marcando, deve se soltar, ir à frente, atacar, armar, pois tem qualidade etc.

Mentira! Quer enganar quem? Ora, o Valencia é um ‘cavalo’, um grande marcador, incansável, valente e voluntarioso. É um monstro na perseguição adversária e no combate.

Contudo, não faz três embaixadas e não acerta passe de 3 metros. Não consegue. Não nasceu para isso. E, até a chegada do novo treinador, nem precisava. Ora, o volante colombiano nasceu para carregar piano, não para tocá-lo. E todo grande time precisa de alguém assim. Com ele e dois (ou três) zagueiros, a marcação; com os outros sete (ou seis), a criação.

Caso o nosso treinador não volte atrás e não o faça fazer apenas o que sabe, Valencia será eterno candidato a pior em campo.

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Nâo dá. O Netinho não dá. Escale-se 10, menos o Netinho. O mesmo serve para a grande frustração Raul, o homem de um jogo só.

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Considero o beque Danilo um dos piores jogadores que já passaram pelo Atlético. Um dos piores e mais repugnantes, característica essa que não me deixou surpreso com as suas atitudes no jogo de ontem, quando cuspiu — o que é muito pior e mais covarde que um soco, um pisão ou uma cabeçada — e cometeu injúria racial — o que é muito pior e mais covarde, repito, que socos, pisões ou cabeçadas — contra a maior revelação rubro-negra, o zagueiro Manoel.

Porém, em relação ao segundo gesto, levá-lo adiante já acho demais. E aqui já nos pronunciamos.

Ora, é evidentemente que, em qualquer outro ambiente, essa ofensa deve ser repugnável, reprendido e punida, ainda que não se conforme como racista. Ela, por si, já é condenável. Mas, vamos e venhamos: num jogo de futebol, oitavas-de-final de Copa do Brasil, 25.000 mil pessoas no estádio, temperatura quentíssima, querer provocar tal sentimento…

Assim sendo, ao invés de ir chorar as pitangas para repórteres e policiais, o grande negro atleticano deveria — como outrora sugeriu Nêgo Pessoa — ter respondido ao dito cujo palmeirense, com a mais absoluta elegância: ‘Vá pra put… que o pariu seu magrelo pançudo de mer**!! Viado! Corno cor de cuia! Refugo filho de uma…!’

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É óbvio que os coxas são favoritos para o jogo de domingo: têm um time mais ajeitado, mais estruturado, têm a única chance no ano de se mostrar ativos e importantes e de recuperar a desgastada autoestima — vez que não conseguem se firmar na primeira divisão — e, principalmente, têm a vantagem de jogarem pelo empate, cujo resultado, inclusive, desde já eu cravo.

Mas é aqui que, para eles, mora o perigo.

Afinal, diante de tantos e tantos fracassos em casa e em jogos decisivos que ultimamente colecionaram, em vexames sucessivos que insistem em mergulhá-los em trevas totais, quem disse que vencer o Cascavel, na última e decisiva rodada, é certo.



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