Arenas podem se transformar em elefantes
Bem, para mim não é novidade…
O Brasil enfrentará desafios estruturais para a realização da Copa do Mundo de 2014. De acordo com o geógrafo da Universidade Federal Fluminense (UFF), Christopher Gaffney, o País caminha para a construção de elefantes brancos e demonstra falta de planejamento e de transparência nos gastos públicos. O estudo dele foi apresentado esta semana no Fórum Social Urbano (FSU).
Segundo a pesquisa, não há controle nos gastos com a construção ou a recuperação de estádios das 12 cidades que receberão as competições. Ainda de acordo com o pesquisador, como o governo não conseguiu apoio da iniciativa privada para construção das arenas, que devem ter capacidade para 50 mil pessoas, fará aportes por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que destina R$ 4,8 bilhões para Copa do Mundo, sendo R$ 400 mil para cada município.
Fico pensando: e o Atlético Paranaense, como está? Será que já tem planejamentos feitos para evitar que a nossa Arena vire um elefante branco? Precisamos de bons profissionais na área de Marketing e Eventos para não transformarmos a Arena em palco de vazios… como agora…
Aliás, nunca entendi como o complexo atual não foi para frente. Aonde está o Shopping interno que teríamos e nos foi prometido? Falta de audácia, de tentar, de fazer acontecer…
O estudo questiona ainda o retorno dos investimentos governamentais na Copa, que também incluem infraestrutura urbana, transporte e benefícios fiscais. Gaffney estima que apenas para o retorno dos gastos com os estádios a ocupação das arenas deverá ser quadruplicada em relação a atual, embora os torcedores devam pagar mais pelos ingressos. Os preços passarão de R$ 20 e R$ 30 para R$ 45 e R$ 60.
Enfim, será a sonhada por alguns elitização das arenas de futebol.
A pesquisa da UFF também chama atenção para o deslocamento dos torcedores no País durante a competição e alerta para o desafio da implementação de melhorias no transporte. Segundo o geógrafo, os R$ 6 bilhões anunciados pelo governo federal para os aeroportos são insuficientes.
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