Política do ‘Pé na Lua’
Não vinha escrevendo nesse espaço sobre a politicagem do clube. Também não queria escrever sobre contratações frustadas ou coisa parecida. Mas…
Ontem foi veiculada a notícia (li no site noticiafc.com.br) que o Atlético foi atrás do Kleberson, que este havia aceitado reduzir seu salário de R$ 250.000 para R$ 200.000 e nossa brilhante e incoerente diretoria achou muito.
Ora senhores, se numa semana você afirma que obteve um superavit fantástico e na outra você recua de fazer uma contratação como essa, o mínimo de que vão te chamar é de MEDROSO.
Kleberson, além do fato de estar numa idade madura como jogador e até pouco tempo atrás ser convocado pelo Dunga, se encaixa perfeitamente em nosso meio campo deficiente. Seria o segundo volante perfeito para entrar no time, formando a meia com Valencia e Paulo Baier.
Porém, o medo venceu novamente. A diretoria que não investiu em treinador, não está investindo em jogadores. É uma piada de mal gosto. Ou estão mentindo sobre a situação financeira de um clube com mais de 20 mil sócios ou estão metendo o dinheiro no bolso.
Pra fechar e justificar o título do texto, uma pequena estória…
Nos anos 1990, o Internacional ia muito mal das pernas. Quase rebaixado em 1999 e vendo seu maior rival, o Grêmio, tomando conta do estado. Um dia, comprei uma revista Placar e o título de uma das matérias era: ‘Política do Pé na Lua’. A matéria estava relacionada com a posse do então presidente Fernando Carvalho no Internacional. No corpo da matéria tinha uma citação do recém eleito presidente colorado que me chamou a atenção. Dizia ele mais ou menos assim: ‘Não posso pensar pequeno. Estou dirigindo um clube gigante. Vou contratar jogadores com nível de seleção, pagar seus salários com a exposição que o time terá no cenário nacional e internacional e angariar mais torcedores ao Internacional. Futebol se faz com TÍTULOS.’
Nos anos 2000, o Inter foi campeão de TUDO, possui cerca de 100 mil sócios de diversos tipos e uma saúde financeira decente. Não faliu e conquistou.
Acorda pra vida senhores diretores. Paga o teto para o Xaropinho e dá uma porcentagemn da cota de patrocínio do calção ou da manga pra ele, como fez o Corínthians e o Santos pra contratar Ronaldo, Roberto Carlos e Robinho.
P.s.: continua a campanha: ‘por um Atlético com menos volantes’. Não dá pra jogar com Alan Bahia e Valencia juntos, são marcadores (o colombiano é melhor) e depois quebram a bola. E só.