Uma luz no fim do túnel
Tiro curto. O Atlético não tem dinheiro para terminar a Arena da Baixada. São mais de R$ 130 milhões. O Presidente Marcos Malucelli afirmou que o clube não vai gastar todo esse montante e contrair uma dívida de perder de vista. Tiro dado.
Desde a declaração do dirigente atleticano o Governo do Estado e a Prefeitura de Curitiba começaram a matutar em como investir dinheiro público na Arena da Baixada, propriedade privada do Rubro-Negro. Uma alternativa foi a Tranferência do Potencial Construtivo que poderá viabilizar a conclusão do estádio. O projeto já seria de conhecimento do Governador Orlando Pessuti e do Prefeito Luciano Ducci.
Outra forma de garantir a Arena da Baixada na Copa de 2014 é mais polêmica – para os torcedores rivais, lógico. A luz no fim do túnel viria com muito brilho e qualidade. Senhoras e senhores, acendam os holofotes, spots, luzes na potência máxima para a Arena Copel – projeto de lei apresentado hoje na Assembleia Legislativa pelo Líder do Governo – Deputado Luiz Cláudio Romanelli. As aspas são dele. “É imensurável o retorno que teremos na projeção e visibilidade do Paraná para os negócios nas áreas agrícola, industrial e turística, significando um aporte estratégico ao desenvolvimento. Vamos alavancar o comércio, turismo e intercâmbio com os países do Mercosul, das Américas e todos os demais continentes”.
O investimento na Arena seria de aproximadamente R$ 40 milhões. De acordo com o blogueiro Guerrilheiro da Baixada, dinheiro de “pinga” para a empresa, que faturou mais de R$ 1 bilhão em 2009. Em troca, o Atlético Paranaense cederia o “Direito de Nome” do estádio que passaria a se chamar Arena Copel. “O naming rights Arena Copel, além de efetivar essa parceria, possibilita o acompanhamento e apoio da sociedade paranaense na implementação de todo o conjunto de medidas do governo estadual para o sucesso da empreitada do mundial”, afirma o deputado.
Luiz Cláudio Romanelli disse que todo o dinheiro investido pela Copel deve ser aplicado exclusivamente na execução das obras de adequação da Arena. Em entrevista à Rádio Banda B, o deputado também esclareceu que o projeto só vai beneficiar o Atlético e não enxerga possibilidades de Coritiba e Paraná Clube entrarem na parceria. “Não podemos simplesmente investir dinheiro público num patrimônio privado. Mas a partir da exploração comercial da Copel, através do uso do nome da Arena, isso viabilizaria o investimento público. Não se trata do estádio do Atlético, mas da praça esportiva que vai receber a Copa do Mundo. Nos três estádios privados da Copa (Arena da Baixada, Beira Rio e Morumbi) vamos ter parcerias assim para as reformas. O objetivo do projeto é mesmo visando o evento Copa do Mundo”.
O projeto agora vai ser discutido na Assembleia. Se for aprovado segue para o Governador sancioná-lo. Que não falte luz nesse dia.