Superávit pra quê?
10,5 milhões de reais de superávit no último balanço do Atlético Paranaense. Reverteu-se um prejuízo de 18 milhões para um saldo positivo quase duas vezes maior.
A pergunta é: para que serve esse dinheiro todo? Para que serve se não é usado para nada, ou para tão pouco?
Não trazemos grandes nomes porque custam caro, o mesmo com técnicos, visto que o Carpegiani não era o primeiro da lista…
Se por um lado não temos futebol, por outro também não temos obras e perspectivas concretas nas quais podemos nos agarrar.
Em suma: não temos nada! Investimentos em chuteiras como prometeu o já experiente perdedor advogado Malucelli (quando defendeu os interesses do Furacão em situações como Dagoberto, Aloísio, Jancarlos e outros que não me lembro agora, mas que perdemos em todas) ficou só na promessa.
A ideia era investir em chuteiras porque em tijolos já havia sido investido demais. Pois bem, pelo menos alguma promessa temos cumprida! Porque não houve investimento (quase) nenhum (não podemos nos esquecer da meia água da reta oposta à GV) em tijolos.
O que nos sobra? Nada! Não se investe em tijolos nem em chuteiras. E agora vamos deixar a copa ir embora porque é inviável financeiramente.
Quem sabe com um pouco de esforço e boa vontade os números não se tornam um pouco menos amargos? Quem sabe o inviável não se torna um pouco menos inviável?
Realmente me dá medo, pois fazemos lucros, temos balanços exemplares, administração de ponta, mas time de rabeira.
Números grandes e mentalidade pequena. ‘Vamos apenas pensar na saúde financeira’, mesmo que isso signifique estagnação para o clube que tem seu objetivo maior no futebol.
Poderia se pensar na copa não apenas pelos três jogos, mas pela oportunidade de continuar a evolução que começou em 95 com o nosso maldito, mas tão querido Petraglia, que querendo ou não foi quem nos colocou no nível de profissionalização que não mais permite investir no futebol.
De forma alguma defendo a irresponsabilidade fiscal, mas sem assumir risco financeiro algum fica muito difícil sonharmos como sonhamos em um passado recente.