Está na hora da segunda divisão?
Há anos flertamos com a segunda divisão. Nos últimos campeonatos fomos salvos na última rodada, sempre contando com a sorte. Sorte essa que ainda nos acompanha, por campanhas medíocres de times grandes como o Grêmio e o Atlético Mineiro. Mas será que não chegou a hora de passarmos por este calvário?
Dizem que dinheiro não aceita desaforo, assim, podemos levar está máxima para o futebol atleticano: o futebol atual não aceita desaforo! Contratações equivocadas, trocas irracionais no comando técnico, uma verdadeira novela para concretizar a Copa do Mundo na Baixada, o que está acontecendo? Seria pura incompetência da atual diretoria? Ou seria fruto da discórdia dos atuais governantes com os anteriores, em especial o Petraglia? Não consigo entender jogadores medianos que ganham belos salários andarem em campo, numa prova total de desinteresse pelo clube e por sua torcida. Uma falta de comprometimento que é, todo mês, agraciado por gordos e altos pagamentos em dia.
Há algum tempo li uma matéria na Gazeta sobre um homem que motivou o time quando esse ganhou do Santos e do Goiás e nos deu a falsa esperança que este ano seria diferente. Hora, se a Estrutura, a Camisa, o Estádio, o Centro de Treinamentos e o salário pago corretamente não são fatores motivacionais para este grupo, acho que tem muito mais coisa errada por trás disso.
O que pode estar faltando para o grupo é um projeto futuro, como tínhamos antigamente: ganhar campeonatos, ir para a Libertadores, ganhar o Brasileiro, enfim: colocar uma meta para os jogadores serem valorizados e deixar de serem uma simples vitrine como hoje é. Tomemos de exemplo o Santo André, vice-campeão Paulista. Quantos jogadores foram vendidos? Bruno César, Nunes, o próprio Branquinho que está no Atlético. Será que se eles tivessem ficado numa posição intermediária na tabela teriam essa valorização?
Meus amigos atleticanos, não acredito que uma queda à Segundona possa fazer algum bem ao nosso Furacão, mas o que tenho visto este ano está longe de dar orgulho, pelo contrário, dá vontade de deixar de torcer pelo menos por um período, pois ver seu time sem garra, sem vontade, mas principalmente sem comprometimento, mostra que a doença é grave e já tomou conta de boa parte da estrutura.