Malucelli promete projeto executivo para janeiro
O Governo do Estado do Paraná lançou há algumas semanas um site especial sobre a Copa do Mundo de 2014 em Curitiba. O site www.copa2014.pr.gov.br foi desenvolvido em parceria com a Celepar e segundo o presidente da empresa trata-se de um portal de comunicação interativo com o público para informações sobre turismo, consulta de projetos prioritários por gestores, oportunidade de qualificação e ocupação de mão de obra, entre outros atrativos.
Uma das atrações é um relógio que apresenta a contagem regressiva para o Mundial. Faltam 1.275 dias para a bola rolar. Até lá, muito precisa ser feito. O portal oficial apresenta uma entrevista com o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, em que ele revela que o projeto executivo para as obras da Arena da Baixada deve estar pronto em janeiro.
Confira a entrevista:
Embora o time não tenha conseguido vaga na Libertadores, 2011 será especial para o Atlético, em razão da remodelação da Arena. Como está o planejamento das obras?
Sem dúvida. O planejamento está em pleno andamento. Estamos na primeira fase que é a elaboração do projeto executivo, pois até agora tínhamos só o anteprojeto que foi enviado à Fifa. A promessa é de que tenhamos o projeto executivo no início de janeiro. Contratamos ainda outros projetos, o elétrico, o hidro-sanitário e o estrutural que também serão entregues em janeiro. A partir da entrega, podemos orçar a obra com o projeto definitivo na mão e, assim, vamos publicar o edital para licitar a construtora.
Já há empresas interessadas?
Tão logo foi anunciado o projeto tivemos consultas de algumas construtoras. Na época foram ao menos cinco construtoras.
Há preocupação com relação aos recursos, já que o uso do potencial construtivo pode ser contestado?
Com isso não me preocupo, está resolvido.
Quais as principais obras no entorno do estádio?
As obras no entorno são de responsabilidade da prefeitura de Curitiba e tudo foi encaminhado à Fifa e não é problema do Atlético. As obras serão integradas tão logo sejam desocupadas as áreas próximas. Sabemos da necessidade de desapropriação de áreas vizinhas que serão áreas de fuga.
Qual o prejuízo em jogar fora da Arena da Baixada? Já está definido em qual estádio o time vai mandar seus jogos?
A estimativa é de R$ 20 milhões. Vamos ter prejuízo na receita com a questão dos sócios, das lojas e lanchonetes instaladas na Arena e publicidade.
A nova arena terá uma área de hospitalidade. Onde ficará essa área e como o clube vai utilizá-la após o Mundial?
Teremos um espaço para a hospitalidade no terreno ocupado pelo colégio [no setor da rua Brasílio Itiberê]. Depois ela será transformada em sede administrativa.
Denúncias vieram à tona envolvendo o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, nos últimos dias. Ele teria recebido suborno em negociações de contratos de publicidade. Isso não macula a imagem de Teixeira e pode colocar em xeque a transparência do processo de captação de recursos para o Brasil organizar a Copa?
Isso não diz respeito ao Atlético. Mas qualquer acusação mancha a imagem, sem dúvida. Se vai colocar em xeque a transparência do processo, o Tribunal de Contas da União e o Ministério do Esporte devem policiar.
Haverá legado da Copa para o Atlético e para Curitiba?
O legado para Curitiba será grande. Vamos ter reforma do aeroporto, melhoria do acesso o aeroporto, reformulação de ruas na cidade, reforço na segurança, a mobilidade urbana… Vai ter um legado muito grande. Ao Atlético, não tenho uma visão clara sobre isso, mas vai aumentar o custo de manutenção do estádio. Porém, não o clube vai precisar investir por alguns anos. Para o Atlético será interessante, mas não tanto quanto para a cidade.