Nem sei por onde começar – talvez porque ainda esteja meio atordoado –, mas acho que temos de focar no que é ruim no CAP. E olha que é muita gente, hein!? Tudo começa pelo nosso presidente. Ele deve achar que é o dono do clube! Dentro de campo, temos um técnico que, quando menos, simplesmente não serve para o atual elenco (para não dizer que é limitado). O nosso elenco, para não fugir à regra, também é muito ruim. No time de ontem só vi dois jogadores que assim podemos chamar: Lucas e Madson. De resto, ninguém tem vontade de vencer! É um time de perdedores sem sangue. Preguiçosos.

Em vários momentos, cheguei a cogitar se de fato esses jogadores se conhecem; se treinam ou ao menos almoçam juntos, uma vez que o time não tem o mínimo de intimidade entre si. Pior: alguns não tem sequer intimidade com a bola, o que é inadmissível num time de futebol. Gostaria de propor a qualquer um desses que se dizem jogadores (e que por sinal ganham muito bem pra isso) uma troca: venham trabalhar aqui no meu lugar por um mês, e deixem que eu mostro como é que se joga bola com tesão! Faço isso toda semana e ainda tenho que pagar para executar este prazer. O problema é que aqui no meu trampo tem de usar a cabeça – membro este que se constitui em mero apoio sobre o tronco da grande maioria dos nossos jogadores. É fisicamente impossível que dois corpos ocupem o mesmo espaço, mas ainda tem gente nesse time que insiste em tentar demonstrar o contrario. Há também quem não acerte um passe de meio metro, além de outros que pelo jeito querem jogar futebol deitado. Afinal, basta esbarrar na “biba” que já se joga! Fazem um estardalhaço; reclamam mais do que jogam; e os resultados? Não poderiam ser diferentes. Estão aí pra todos vermos.

Pra começar, falta um técnico de verdade. Um cara macho mesmo, que não fique como um pobre coitado com a mão no queixo, sem qualquer expressão de indignação com um futebol medíocre desses. Eu gritei mais com a tv do que aquele banana (que se diz ser técnico) com o time! Temos de trazer um cara que ponha ordem na casa; alguém que una os jogadores efetivamente num grupo, explicando aos ignorantes que nada se faz sozinho e dispensando aqueles que não querem vestir a nossa camisa. Perdoem-me o desabafo, mas isto me parece necessário nesse momento. Algumas vezes, vejo que alguns escrevem dizendo que o pessoal só reclama e nunca está satisfeito, contentando-se em ser de fato um time pequeno. Eu, no entanto, não consigo ser assim. Não consigo me acomodar com a situação calamitosa que, mais uma vez, vem se repetindo no nosso time. Notem: é o mesmo fiasco de todos os anos!

Passa muita coisa em minha cabeça depois de perder pro vice lanterna do campeonato. É inadmissível perder pro Cascavel, assim como já o foi para o Operário, e tal como será para outros clubes desse porte durante o transcorrer do campeonato se nada for feito de imediato.

Por fim, mais uma coisa: tá na hora da nação rubro-negra fazer algo! E que seja já nesse jogo de domingo. Precisamos protestar pra mudar as coisas. Afinal, é sempre a torcida que faz algo útil pelo time mesmo. Acho que agora é hora de, ao invés incentivar uma mobilização para fazer mosaico, cobrar algo mais concreto, pois estão esquecendo que o nosso clube é um time de futebol. Tratam o clube como uma empresa e já há muito tempo esqueceram da atividade finalística do Atlético Paranaense. Estou de saco cheio de viver justificando a ausência de um time de verdade com base na disparidade de faturamento e distribuição de renda; nas diferenças entre as cotas de TV e patrocínios. É evidente que o custo de manutenção do clube é alto, mas as recentes vendas de jogadores certamente nos permitem trazer um técnico de respeito e jogadores que possam efetivamente contribuir para o crescimento do time.

É vergonhoso o que estamos fazendo, mais uma vez. E a nossa rotina segue sendo a mesma de vários anos atrás. Transparência zero. Futebol inexistente. Promessas utópicas e jamais cumpridas. Parabéns, diretoria! Vamos perder mais meio ano numa posição intermediária do Paranaense e sendo eliminados na segunda-fase da Copa do Brasil.