Paulo Baier: razão e emoção – parte II
Todo time tem um ídolo.
Aquele cara que se sobressai em partidas importantes, recebe aplausos mesmo quando não vai tão bem na partida.
Não me lembro de Claiton, uma vez sequer, sair vaiado da Arena.
Até mesmo Alex Mineiro, na sua última volta, quando fez partidas lastimáveis, saía de campo abaixo de aplausos.
Não crítico estes tipos de atitudes, acho merecidas, pois os ídolos não representam apenas atletas e funcionários do clube.
Estes são exemplos de identificação com clube.
Contudo, eles mereceram todo esse carinho. Não vieram simplesmente ser mais um jogador qualquer, e sempre demonstraram respeito à torcida, correndo e suando pela camisa.
Paulo Baier não é diferente.
Citaram um gol das paquitas originado de um escanteio mal batido.
Lances assim acontecem o tempo todo em uma partida. Não podemos culpar o batedor de escanteio pelo gol, quando um marcador erra decisivamente na marcação individual pelo menos três vezes.
Assisti o jogo do Arsenal com o Barça, a partida estava 1 a 1 quando o Barça começou a colocar o Arsenal na roda.
Ironicamente, quando o Messi resolveu correr com a bola, foi desarmado e deu o contra ataque da virada.
Ele continua o melhor do mundo e ninguém lhe creditou a derrota.
Reveja a partida do Independiente contra o Cruzeiro e diga como foi o desempenho do Guerrón.
Mesmo assim continua sendo craque.
Netinho passou cinco anos aqui na Arena e nem sempre foi vaiado e criticado, pelo contrário, ao lado de Rafael Moura nos salvou do rebaixamento em 2008.
Sua qualidade técnica era indiscutível.
Foi sua falta de vontade e comprometimento com o time que o fez sair da maneira que saiu.
Não estou aqui justificando o desempenho pífio de Baier no Atletiba. Contudo dos culpados ele é o menos, pois sempre está correndo suando e cobrando do time.
Além do mais é o artilheiro do time e líder em assistências para gols.
Não à toa o time sofre da ‘Baierdependência’, pois ele é a alma do time dentro de campo.
Se cada um tem o ‘craque’ que merece, o Atlético tem o Baier.
Agora, se merece é outra história!